Adriana Marinelli
Goiânia - O prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, reforçou na quarta-feira (5/2) o compromisso de seu gestão com a transparência e a fiscalização no serviço público. A declaração foi dada após o afastamento preventivo de 33 servidores efetivos da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) para investigação de supostas irregularidades em acordos salariais. "Seremos duros com quem tiver desvio de conduta dentro do serviço público para valorizarmos a grande maioria que tem a conduta exemplar", afirmou Mabel.
O caso envolve a celebração de acordos que resultaram no pagamento de valores considerados desproporcionais, conforme análise preliminar da assessoria jurídica da Comurg. Segundo o prefeito, se as irregularidades forem comprovadas, os servidores serão demitidos. "Acabamos de afastar 33 funcionários da Comurg para investigação e, se for comprovado o desvio, eles serão demitidos. Não vou me cansar de combater o que está errado", destacou Mabel.
Veja vídeo publicado por Mabel nas redes sociais:
A investigação aponta que os acordos foram celebrados em "prazos curtos e com valores fora da realidade", o que levou à necessidade de reanálise dos processos. Entre os afastados, está uma servidora da própria assessoria jurídica da Comurg, além de outros 31 funcionários que receberam diferenças salariais provenientes dos acordos em questão. Um outro servidor da área jurídica já estava afastado desde 31 de janeiro de 2025.
O prefeito ressaltou que a prefeitura está colaborando com órgãos fiscalizadores, como o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) e o Ministério Público (MP) estadual, para apurar as irregularidades. "Estamos colocando uma disciplina forte na prefeitura", afirmou Mabel, ao destacar que auditorias estão sendo realizadas para esclarecer os fatos e aplicar eventuais punições.
Corregedoria assume investigações
Os servidores afastados ficarão à disposição da Corregedoria da Comurg para prestar esclarecimentos durante o período de 60 dias, que pode ser prorrogado. Eles também tiveram o acesso aos sistemas da companhia bloqueado e deverão entregar as chaves eletrônicas da instituição. O presidente da Comurg, coronel Cleber Aparecido Santos, determinou a abertura de um procedimento administrativo interno para investigar detalhes dos acordos, incluindo valores, datas e fundamentos para as concessões salariais.
Caso sejam encontradas evidências de irregularidades, será instaurado um Processo Administrativo Disciplinar (PAD), que pode resultar em demissões. Além disso, a Comurg oficiará a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-GO) se as investigações indicarem que advogados estiveram envolvidos nas supostas irregularidades durante o exercício de suas funções.
Mabel reforçou que a medida faz parte de um esforço maior para coibir desvios em todas as pastas da prefeitura. "A prefeitura está colaborando com os órgãos fiscalizadores para que todas as irregularidades sejam identificadas e devidamente investigadas", concluiu o prefeito.
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