A Redação
Goiânia - A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria de Engenharia de Trânsito, reforça o alerta sobre os perigos do uso do celular ao dirigir. O hábito, uma das principais causas de acidentes no Brasil, compromete a segurança de motoristas, passageiros e pedestres. No último domingo (2/2), um caso grave evidenciou os riscos dessa imprudência. Segundo a Polícia Militar, um motorista por aplicativo, ao atender uma videochamada da filha, perdeu o controle da direção e atropelou duas pessoas em frente ao condomínio Plateau D’Or, no Parque Cidade, na região Sul da capital.
O problema é recorrente na cidade. Apenas em 2024, a Secretaria de Engenharia de Trânsito registrou 49.236 autuações de motoristas flagrados usando o celular ao volante, tornando-se a quinta infração mais cometida em Goiânia. Para coibir essas práticas, a prefeitura tem intensificado a fiscalização e ampliado sua central de monitoramento, permitindo o acompanhamento em tempo real do tráfego e dos principais cruzamentos da cidade.
“O combate a esse comportamento exige mais do que fiscalização. A conscientização dos motoristas é essencial para evitar tragédias. Pequenas atitudes, como utilizar viva-voz, evitar chamadas e mensagens enquanto dirige e estacionar para atender ligações urgentes, podem salvar vidas”, destaca o secretário de Engenharia de Trânsito, Tarcísio de Freitas.
Estudos mostram que, ao manusear o celular, o motorista desvia o olhar da via por cerca de cinco segundos. Em uma velocidade de 60 km/h, isso equivale a percorrer mais de 80 metros sem atenção ao trânsito, aumentando significativamente o risco de atropelamentos e colisões.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) equipara os efeitos dessa distração à condução sob efeito de álcool, pois reduz o tempo de reação do condutor em até 35%. Além dos riscos, há consequências legais. O Código de Trânsito Brasileiro (CTB) classifica o uso do celular ao dirigir como infração gravíssima, sujeita a multa de R$ 293,47 e sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
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