A Redação
Goiânia - O documentário Goiânia Rock City, dirigido por Théo Farah, ganha nova exibição na próxima sexta-feira, 07 de fevereiro, às 21 horas, no Cine Ritz, na Rua 8 do Setor Central. Os ingressos estão disponíveis por meio da plataforma Sympla a preço único de R$ 10.
A nova exibição se dá pelo sucesso de público e sala lotada na sessão de estreia, no dia 24 de janeiro. Na ocasião, os ingressos foram esgotados em poucas horas. A abertura de mais uma sessão extra a peço acessível nesta sexta-feira (7) segue a demanda do público e ainda é estudado a possibilidade de novas exibições em outras salas da cidade.
O filme
O longa-metragem mergulha na vibrante cena musical de Goiânia desde o início dos anos 2000, considerados a “época de ouro” do rock goiano. Os 27 entrevistados do filme ajudam a recriar um período efervescente da capital, abordando o surgimento das bandas mais importantes da época, dos espaços culturais, dos festivais e selos musicais que ajudaram na consolidação da cena rock local. O documentário também aborda a diversificação da música goiana, explorando gêneros desde o metal e hardcore até o hip hop.
Com uma trilha sonora pulsante e uma montagem dinâmica, Goiânia Rock City captura a essência de uma era que marcou a identidade cultural da cidade. “Sempre me incomodou o fato deste período não ter sido abordado de maneira mais completa em nenhuma produção local” comenta o diretor, que tinha um esboço do roteiro engavetado desde 2014. “Achei que contar esta história seria uma forma de eternizar um momento tão importante para a música goiana e brasileira”, diz.
Este projeto é realizado com recursos da Lei Paulo Gustavo do Governo Federal operacionalizado pelo Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Cultura. A produção executiva é de Bruno Abdala e a direção de fotografia de Bruno Fiorese.
A cena
Figuras icônicas e lendárias como Carlos Brandão dão seus depoimentos emocionantes (e emocionados) em Goiânia Rock City. O diretor adianta que as “tretas” da cena não poderiam ficar de fora, como as eternas discordâncias ideológicas entre o Segundo, da Two Beers Records, e o pessoal da Monstro Discos. Momentos históricos são relembrados ao longo do filme, como o Rock Pelo Niemeyer, movimento encabeçado por Pablo Kossa, e o fatídico dia do rock na Pecuária de Goiânia, evento que reuniu bandas de rock independente para tocar no palco principal da maior festa agropecuária do país.
Não dá para abordar a cena do rock e música independente sem falar do Centro Cultural Martim Cererê. Parte fundamental desta história está escrita na Travessa Bezerra de Menezes, no Setor Sul, em um dos espaços mais emblemáticos e atuantes da capital. Festivais como Vaca Amarela, Goiânia Noise e Bananada tem suas raízes no Cererê, que foi o primeiro palco de muitos artistas e bandas da capital. Entre os entrevistados também estão membros de bandas como Mechanics, MQN, Black Drawing Chalks, Hellbenders, Girlie Hell e a goianíssima Rollin Chamas.
“Falar de rock numa terra historicamente dominada pelo sertanejo é muito difícil e, até certo, ponto subversivo”, aponta Théo Farah sobre a concepção do documentário. “O rock nada mais é do que subversão, nadar contra a maré e lutar por um ideal. Então eu creio que o filme Goiânia Rock City já nasceu lá atrás com uma essência roqueira e que tem o papel de espalhar esta atitude rock and roll mundo afora”, diz.
Serviço:
Sessão extra: documentário Goiânia Rock City
Data: 07 de fevereiro (sexta-feira), às 21 horas
Local: Cine Ritz (Rua 8, Centro de Goiânia)
Documentário retrata cena do rock na capital goiana (Foto: Divulgação/ @cdgleonaro/GRC)
