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SAÚDE

Aumento dos casos de dengue exige cuidados rigorosos pelas gestantes

Doença pode evoluir de forma mais grave | 28.01.25 - 23:38 Aumento dos casos de dengue exige cuidados rigorosos pelas gestantes Aumento dos casos de dengue exige cuidados rigorosos pelas gestantes. (Foto: Divulgação)
 
A Redação

Goiânia
- Com o aumento dos casos de dengue, gestantes precisam adotar medidas preventivas rigorosas para minimizar os riscos que a doença pode trazer. O alerta é do ginecologista e obstetra Rogério Cândido Rocha, diretor-técnico da Maternidade Nascer Cidadão (MNC), unidade da Prefeitura de Goiânia. Ele lembra que nas três primeiras semanas deste ano, a cidade teve 562 casos confirmados da doença, que pode evoluir de forma mais grave em mulheres grávidas devido à resposta imunológica mais lenta, aumentando a probabilidade de complicações graves, como a dengue hemorrágica. 
 
“Esses quadros podem causar sangramentos intensos, internações em UTI e, em casos extremos, levar ao óbito materno”, alerta o profissional. Além disso, o médico explica que a doença também representa risco para o bebê. “Complicações como abortos espontâneos, partos prematuros, descolamento de placenta e até transmissão vertical do vírus são preocupações constantes. O primeiro trimestre é o período mais crítico, pois é quando ocorre a embriogênese, deixando o bebê mais vulnerável a problemas neurológicos e outras condições graves”, destaca Rogério.

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Identificar precocemente os sinais de dengue é crucial, por isso as gestantes devem ficar atentas para febre alta, dor de cabeça, dores musculares e articulares, náuseas, manchas vermelhas e cansaço excessivo. O médico reforça que essas condições devem ser investigadas imediatamente, principalmente em mulheres grávidas, que fazem parte do grupo de risco: “Ao menor sintoma, a gestante deve procurar a maternidade de referência mais próxima para receber assistência adequada”.
 
Medidas preventivas
Para evitar a doença, medidas preventivas são indispensáveis. Entre elas, o uso diário de repelentes seguros para gestantes, roupas que cobrem o corpo e a instalação de telas em portas e janelas para impedir a entrada do mosquito Aedes aegypti. “O controle de criadouros do mosquito também é essencial, eliminando a água parada e mantendo o ambiente protegido”, reforça o médico. 
 
Os cuidados durante o pré-natal também desempenham um papel fundamental na proteção da gestante e do bebê. “Por meio do acompanhamento regular, é possível identificar sinais precoces da doença e adotar as estratégias mais adequadas para cada caso, evitando complicações mais graves”, afirma o obstetra. Ele alerta também para o risco de reinfecção, uma vez que mulheres que já tiveram dengue enfrentam um risco ainda maior de serem infectadas novamente durante a gravidez. “A reinfecção pode desencadear formas graves de doença, aumentando as chances de hemorragias, restrição de crescimento fetal e até morte neonatal”, pontua. 
 
Zica e chikungunya
Outras doenças transmitidas pelo mesmo vetor, como zika e chikungunya, também merecem atenção especial. O obstetra explica que o vírus zika, por exemplo, pode atravessar a barreira placentária e causar malformações no sistema nervoso do bebê, como a microcefalia. “Já a chikungunya pode levar a abortos, complicações neurológicas e aumento de casos de pré-eclâmpsia. A prevenção continua sendo a principal arma contra essas doenças, já que as vacinas disponíveis não são indicadas para gestantes”, diz.

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