A Redação
Goiânia - O número de consumidores inadimplentes de Goiás cresceu 1,81% em dezembro de 2024, em relação a dezembro de 2023, ficando abaixo da média do Centro-Oeste (4,37%) e do Brasil (1,92%). Apesar da elevação, é a menor média registrada desde setembro (2,47%), segundo aponta a FCDL-GO (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Goiás) com dados do SPC Brasil, o Serviço de Proteção ao Crédito. Para a FCDL-GO, a liberação do 13º salário ajudou a conter a inadimplência.
A inadimplência em Goiás cresce desde julho do ano passado, alcançando os maiores índices em outubro (3,51%) e novembro (4,68%). A comparação é sempre com igual mês do ano anterior. Em dezembro de 2024, cada consumidor goiano negativado devia, em média, R$ 4.677,84, somando todas as dívidas.
Homens são maioria entre os negativados (51,37%). A proporção de mulheres com contas atrasadas é de 48,63%. As dívidas foram contraídas em maior parte em:
- Bancos (59,36%);
- Lojas do comércio (13,18%);
- Outros segmentos (10,79%);
- Concessionárias de água e luz (9,60%);
- E prestadoras de serviços de comunicação, como telefonia e internet (7,07%).
"É nítido que o maior volume de dinheiro circulando na economia em dezembro, por conta do 13º salário, ajudou a amenizar a inadimplência. Mas a situação ainda preocupa, se considerarmos a inflação, o dólar na casa dos R$ 6 e a taxa básica de juros, que pode chegar a 15% neste ano, sufocando o acesso a crédito", conclui o presidente da FCDL-GO, Valdir Ribeiro.
Leia mais
Dólar cai para R$ 5,94 e fecha no menor nível desde fim de novembro