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Goiânia - A Prefeitura de Goiânia pretende concluir, nos próximos três meses, a liquidação da Companhia de Pavimentação de Goiânia (Compav), empresa da administração indireta que está em processo de encerramento há 17 anos. Segundo o secretário de Finanças, Valdivino de Oliveira, a medida faz parte de um esforço para resolver pendências financeiras e administrativas que ainda oneram os cofres públicos.
Apesar do tempo transcorrido desde a decisão de extinguir a Compav, o processo enfrentou atrasos e falta de planejamento. Para o secretário, a situação está perto de uma solução com a conclusão do levantamento de dados e a definição de ações necessárias.
Além da Compav, outras empresas, como a Comdata e a Comob, também estão na lista de liquidações pendentes, mas sem prazo definido para conclusão. O foco inicial é a Compav, cuja situação é considerada menos complexa.
A história da Compav e o processo de liquidação
Criada para atuar na pavimentação urbana de Goiânia, a Compav está em liquidação desde 2008. A decisão foi tomada no âmbito de uma reforma administrativa durante a gestão do então prefeito Iris Rezende (MDB). A empresa é subsidiária da Companhia de Urbanização de Goiânia (Comurg) e acumulou passivos financeiros que dificultaram sua manutenção.
Segundo Valdivino de Oliveira, a Compav já não gera despesas operacionais para o município, restando apenas pendências de dívidas. “Podemos encerrar a liquidação rapidamente”, afirmou o secretário, destacando que as nomeações para cargos essenciais na Sefin serão definidas em breve para dar andamento ao processo.
Outras empresas em liquidação
Além da Compav, outras duas companhias seguem com processos de liquidação paralisados: a Companhia Municipal de Processamento de Dados (Comdata) e a Companhia de Obras e Habitação (Comob).
Enquanto a Comdata foi extinta oficialmente em 2011, durante a reforma administrativa do prefeito Paulo Garcia (PT), a Comob enfrenta dificuldades por falta de planejamento e levantamento de passivos.
A Comdata, que desenvolvia softwares para a administração municipal, possui dívidas previdenciárias e fiscais parceladas em 120 meses, que continuam sendo pagas pela Prefeitura. Já os programas e ferramentas de gestão da empresa foram incorporados ao patrimônio municipal.
Segundo o secretário de Finanças, o encerramento das liquidações busca reduzir gastos com manutenção de estruturas e resolver pendências financeiras acumuladas ao longo dos anos.
Valdivino de Oliveira reconhece que há desafios no levantamento detalhado dos custos e passivos das empresas, mas acredita que a conclusão da liquidação da Compav será um marco para os avanços na gestão pública da capital.
Apesar de avanços pontuais, o secretário admite que as outras empresas demandam maior análise para definição de prazos. "Aqui matamos um bicho a cada minuto", brincou Valdivino, ao descrever a dinâmica dos trabalhos da pasta.