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Dívida de Goiânia com transporte coletivo ultrapassa R$ 62 milhões

Prefeitura busca superávit para quitar débito | 22.01.25 - 07:10 Dívida de Goiânia com transporte coletivo ultrapassa R$ 62 milhões (Foto: CMTC)Samuel Straioto

Goiânia - A dívida da Prefeitura de Goiânia com o subsídio do transporte coletivo atingiu R$ 62 milhões, conforme revelou o secretário municipal Valdivino de Oliveira à reportagem do jornal A Redação. O valor reflete o acúmulo de parcelas atrasadas e a dificuldade histórica da gestão em equilibrar as contas públicas. Para solucionar o problema, a prefeitura aposta na geração de superávit até o final de 2025.

Desde novembro de 2024, a dívida saltou de R$ 38 milhões para R$ 62 milhões. O secretário explicou que, embora o déficit tenha sido estancado, o município precisa reverter a situação com medidas para criar uma margem financeira positiva.

A escalada da dívida

Segundo Valdivino de Oliveira, a dívida acumulada é reflexo de um déficit que persistiu por 48 meses consecutivos, somando R$ 4 bilhões em passivos financeiros. No caso do transporte coletivo, o montante de R$ 62 milhões representa um dos maiores desafios para o orçamento municipal.

"Estamos pagando a despesa corrente, mas precisamos gerar superávit para quitar os atrasados. Estancamos o crescimento do déficit e agora focamos em resolver os passivos deixados pela gestão anterior", afirmou Oliveira.

Impacto no transporte coletivo

O sistema de transporte coletivo de Goiânia opera com forte dependência de subsídios públicos, que cobrem 82% dos custos totais. De janeiro a outubro de 2024, a prefeitura e o Governo de Goiás desembolsaram juntos R$ 388 milhões, um aumento de 60% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Atualmente, a tarifa técnica é de R$ 9,89, sendo que os usuários pagam R$ 4,30 e o restante é subsidiado pelo poder público. A partir de maio de 2025, a tarifa será reajustada para R$ 10,50, o que exigirá repasses ainda maiores das prefeituras da região metropolitana.

Plano de recuperação financeira

Para resolver a situação, a prefeitura busca gerar um superávit equivalente a 15% da receita até o final de 2025. O secretário destacou que as medidas de austeridade implementadas desde o início de 2024 foram essenciais para conter o déficit e iniciar o processo de recuperação financeira.

"Eliminamos o déficit crônico. Agora, estamos criando as condições para resolver os problemas financeiros herdados e garantir a sustentabilidade das contas públicas", concluiu Valdivino de Oliveira.

Além de Goiânia e do estado de Goiás, que respondem por 82,4% dos subsídios, as prefeituras de Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Trindade e Goianira também contribuem, embora com participações menores, que juntas somam 17,6% do total.

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