Caroline Louise e Ludymila Siqueira
Goiânia - O ministro interino das Relações Institucionais, Olavo Noleto, se reuniu com prefeitos da Grande Goiânia e empresários do setor de habitação para discutir demandas relativas à obra do anel viário da capital, à construção de moradias populares e outras questões apresentadas pelos gestores municipais. O encontro ocorreu sexta-feira (10/01), no Sindicato dos Condomínios e Imobiliárias do Estado de Goiás (Secovi Goiás), em Goiânia.
Durante entrevista, o prefeito de Goiânia, Sandro Mabel, elogiou a atuação de Olavo Noleto no fortalecimento da relação entre o Governo Federal e o Estado de Goiás. “O ministro Olavo Noleto tem feito sempre um bom trabalho, o que ajuda muito o Estado de Goiás. Tivemos uma reunião para tratar do Anel Viário na BR-153, que conectará o município de Hidrolândia à Polícia Rodoviária Federal (PRF) na saída para Anápolis. Essa obra é crucial para aliviar o trânsito no perímetro urbano da Capital. Trata-se de um projeto do governo federal que está no papel há bastante tempo e queremos agilizar”, afirmou, ressaltando que o projeto, com mais de 20 anos, está em fase de atualização.
Por sua vez, o ministro Olavo Noleto destacou a importância da mobilização local no avanço de projetos estratégicos. “Os atores locais estão fazendo sua parte, com o prefeito reivindicando, e nós estamos aqui para atender e fortalecer a parceria administrativa entre o Governo Federal e os municípios”, afirmou.
O projeto do Anel Viário, que prevê investimentos estimados em cerca de R$ 1 bilhão, ainda não tem data definida para o início das obras, pois está em fase de atualização. Segundo Noleto, os serviços serão financiados pelo Governo Federal, reforçando o compromisso com a infraestrutura e o desenvolvimento da região.
Renato Correia, presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), também destacou propostas para ampliar o acesso à habitação de interesse social na região. Segundo ele, modelos já aplicados com sucesso em estados como Pernambuco e Amazonas podem ser adaptados para atender as faixas 1, 2 e 3 do programa Minha Casa Minha Vida, utilizando recursos do FGTS combinados com subsídios municipais e estaduais.
Correia ressaltou que o maior obstáculo para os beneficiários é a entrada, e que o apoio de entes públicos nesse aspecto permite que as famílias financiem o restante do imóvel, garantindo o acesso digno à casa própria. “Não é necessário doar a casa, mas criar condições para que as pessoas possam comprá-la com dignidade”, afirmou, reiterando que essas iniciativas já estão sendo desenvolvidas em outras partes do país e podem ser implementadas em Goiânia durante a nova gestão do prefeito Sandro Mabel e em cidades da região metropolitana.
Participaram ainda da reunião prefeitos, presidentes da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Goiás (Fecomércio-GO), Marcelo Baiocchi; da Associação dos Desenvolvedores Urbanos de Goiás (ADU-GO), João Victor Araújo; do Secovi Goiás, Antônio Carlos Costa; da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), Renato Correia; da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Estado (Ademi-GO), Felipe Melazzo; do Sindicato da Indústria da Construção do Estado de Goiás (Sinduscon-GO), Hidebrair Freitas; e do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico de Goiânia e Região Metropolitana (Codese), Helena Ribeiro, entre outros representantes de instituições.
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