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Segurança pública

“Querem impor o federalismo da chantagem”, diz Caiado sobre decreto federal

Governador defende autonomia dos Estados | 07.01.25 - 12:13 “Querem impor o federalismo da chantagem”, diz Caiado sobre decreto federal Governador de Goiás, Ronaldo Caiado (Foto: Wesley Costa/Secom)
A Redação 

Goiânia -
 Governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil) criticou o decreto federal com atualização das regras para disciplinar o uso da força por profissionais de segurança pública. "“O que eles querem impor é o federalismo da chantagem”,  disse o chefe do Executivo goiano. 
 
Publicado às vésperas do Natal, o decreto aborda princípios gerais e medidas para implementação, controle e monitoramento do trabalho dos profissionais de segurança pública, de forma a “disciplinar o uso da força e dos instrumentos de menor potencial ofensivo”.

Para Caiado, trata-se de uma medida demagógica e que fere o Artigo 144 da Constituição Federal, que estabelece prerrogativas dos governos estaduais sobre as policiais militares e corpos de bombeiros militares.
 
O governador ressaltou que sua posição não é isolada, estando em linha com as manifestações de outros chefes de executivos estaduais, como Tarcísio de Freitas (São Paulo), Mauro Mendes (Mato Grosso), Ratinho Júnior (Paraná), Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) e Jorginho Mello (Santa Catarina).
 
“Esperávamos do governo federal algo com capacidade de enfrentamento àquilo que tanto preocupa a população brasileira, que é o avanço das facções criminosas no País. De repente, o que vem é um decreto que tem uma dose enorme de chantagem”, reforçou em entrevista ao programa Jornal da Manhã. 

Caiado explicou sua fala mencionando que a medida limita acesso a recursos federais (Fundo Nacional de Segurança Pública e do Fundo Penitenciário Nacional) aos governadores que não cumprirem as normas.
 
O gestor goiano afirmou ainda que o governo federal "tem falhado naquilo que é de sua estrita competência, e que os governadores esperavam medidas mais enérgicas e efetivas no combate ao crime organizado". Ele citou como exemplos permissão de acesso ao Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf); compartilhamento de informações com polícias estaduais; auxílio na construção de penitenciárias e dotar os Estados de tecnologia, como drones e rastreadores.
 

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