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Crise

Caiado cobra atuação do governo federal na saúde em Goiânia

Governador pede ação do Hospital das Clínicas | 17.12.24 - 15:23 Caiado cobra atuação do governo federal na saúde em Goiânia Ronaldo Caiado (Foto: Letícia Coqueiro/A Redação)
José Abrão
 
Goiânia – Durante coletiva de imprensa na cerimônia de diplomação dos candidatos eleitos de Aparecida de Goiânia na manhã desta terça (17/12), o governador Ronaldo Caiado comentou sobre a nova operação da Polícia Civil contra supostos esquemas de corrupção na Secretaria Municipal de Goiânia, com o cumprimento de mais cinco mandados de prisão contra servidores. Caiado cobrou uma resposta do governo federal à crise e disse que o Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Goiás (HC-UFG) está com 200 leitos fora de uso.
 
Sobre a operação, ele disse: "são ações da nossa Polícia Civil. Então caberá a eles explicarem à população o porquê e como as coisas ocorreram", comentou o governador. Questionado se a nova operação impacta ou pesa de alguma forma sobre o Estado, que interviu no município por determinação judicial, o governador disse que o interventor está fazendo o trabalho dele.
 
"Hoje no estado de Goiás, se você buscar, você hoje não vê nenhuma demanda de leitos de UTI. Você vê que o Estado de Goiás sobrecarregou todos os hospitais do Estado, neste momento, para que nós déssemos vazão à demanda da capital. É um verdadeiro colapso", disse.
 
Foi neste ponto que o governador pediu respostas do governo federal. "Uma coisa que precisavam de perguntar, e principalmente vocês da imprensa, é por que o Hospital das Clínicas, que é do governo federal, tem mais de 200 leitos fechados", disse. "O Estado de Goiás, com o que tem, está atendendo toda essa demanda. Agora, onde é que está o Hospital das Clínicas? Onde é que está o apoio do governo federal no momento de um colapso como esse?", questionou.
 
Ao jornal A Redação a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), empresa pública que gere o Hospital das Clínicas de Goiânia, informou que não foi procurada pela equipe do interventor. Em nota, o HC-UFG/Ebserh informou que "recentemente, e de maneira espontânea, abriu 10 novos leitos de UTI pediátricos e outros 6 leitos de UTI adultos, tendo informado e disponibilizado de imediato os serviços às secretarias municipal de Goiânia e estadual de saúde".

O HC-UFG e a Ebserh comunicaram ainda que "estão à disposição dos gestores locais, para seguir contribuindo".

Operação
A Polícia Civil de Goiás cumpriu cinco mandados de prisão e 17 de busca e apreensão mirando uma fraude que teria desviado R$ 10 milhões da Secretaria Municipal da Saúde em Goiânia. Foi mais um capítulo da série de investigações sobre corrupção na pasta entre novembro e dezembro deste ano.

No dia 27 de novembro, o secretário titular, Wilson Pollara, foi preso por seu envolvimento em supostos esquemas de desvio de verbas. Desde então, dois secretários assumiram e então entregaram o cargo em menos de uma semana. 
 
Neste período, pacientes morreram aguardando leitos de UTI na rede municipal e houveram paralisações de atividades e protestos das equipes médicas por falta de pagamentos e de insumos básicos como seringas e luvas.
 
A justiça estadual determinou a intervenção do governo de Goiás no município e Márcio de Paula Leite foi nomeado interventor no dia 11 de dezembro para tentar sanar a crise
 
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