A Redação
Goiânia – O Museu Antropológico da Universidade Federal de Goiás (MA/UFG) lançou oficialmente, na última terça-feira (10/12/2024), o Observatório dos Povos Indígenas de Goiás: direitos humanos, saberes do Cerrado e inclusão social. A cerimônia foi realizada na sede do museu no Câmpus Colemar Natal e Silva, na Praça Universitária, em Goiânia, no Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Coordenado pelo diretor do Museu Antropológico, Manuel Ferreira Lima Filho, e pelo professor emérito da UFG, Pedro Wilson Guimarães, o projeto irá monitorar, documentar e promover os direitos humanos das populações indígenas em Goiás. O Observatório tem o apoio do Ministério da Educação (MEC), da Fundação RTVE, da Pró-Reitoria de Pesquisa e Inovação (PRPI) e do Programa de Pós- Graduação Inerdisciplinar em Direitos Humanos da UFG.
"Este projeto nasceu antenado com a questão dos direitos humanos, mas principalmente dando voz de forma simétrica aos grupos indígenas com os quais temos tido compromisso ao longo dos nossos 55 anos de Museu Antropológico", disse o professor Manuel.
Segundo o direitor, o Observatório será um canal de diálogo entre as comunidades indígenas, a sociedade civil e as instituições públicas, com o objetivo de garantir a visibilidade e a proteção dos direitos dos três povos indígenas de Goiás: Iny Karajá, Tapuia e Avá Canoeiro. Entretanto, a iniciativa também beneficiará indígenas de outras etnias que vivem no estado – um total de 19.517 pessoas, segundo o censo de 2022.
Manuel enfatizou a vocação extensionista do projeto, que buscará integrar os esforços acadêmicos, comunitários e governamentais para a efetiva proteção dos direitos indígenas. "Somos um museu universitário de uma universidade do Cerrado que quer estar alinhada a esse diálogo com outros setores do nosso país", reforçou Manuel.
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