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2026

Caiado intensifica debate sobre segurança para ampliar projeção nacional

Governador se movimenta para disputar Planalto | 09.12.24 - 07:40 Caiado intensifica debate sobre segurança para ampliar projeção nacional Governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil) (Foto: Agência Cora Coralina/Secom GO)
 
Ludymila Siqueira
 
Goiânia - O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), terá sua pré-candidatura à Presidência da República lançada em 2025, durante um evento previsto para ocorrer na Bahia. Caiado já deu início a articulações políticas visando ampliar sua projeção nacional, destacando a segurança pública como uma de suas principais bandeiras de campanha. O tema, considerado por analistas como "calcanhar de Aquiles" do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), ganha centralidade no discurso do governador goiano, que busca capitalizar os resultados alcançados em Goiás. 

A segurança pública enfrenta desafios significativos no Brasil, desde a violência policial até o combate ao crime organizado. Nesse contexto, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) apresentada pelo governo federal, que busca atribuir status constitucional ao Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), tem gerado debates. A proposta prevê maior integração entre a União e os estados na formulação e execução de políticas de segurança.
 
Caiado, no entanto, se opõe à centralização sugerida pela PEC, defendendo a autonomia dos estados. Segundo o governador, "concentrar o poder na mão da União não é a solução; cada governo conhece melhor sua realidade e a forma mais eficaz de ação". Nos últimos meses, Caiado tem enfatizado em discursos os resultados alcançados por Goiás, incluindo a redução nos índices de criminalidade e a intolerância com milícias.

Recentemente, o goiano reforçou sua posição contrária ao uso de câmeras acopladas em uniformes policiais, em meio ao recuo do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que havia adotado a medida. "Desde que assumi o governo, nunca houve 'Novo Cangaço', sequestro ou invasão de propriedades rurais. Não admito milícias, minha corregedoria é austera e não colocarei câmeras em policiais", declarou Caiado. 

Aprovação 
A gestão de Caiado alcançou 84,3% de aprovação entre os goianos, segundo levantamento divulgado pelo Instituto Paraná Pesquisas na última sexta-feira (6/12). O índice representa um crescimento de três pontos percentuais em relação à pesquisa realizada pelo mesmo instituto em dezembro de 2023, quando a aprovação era de 81,4%.
 
No detalhamento, 75,9% dos entrevistados classificaram a administração como "ótima" (36,1%) ou "boa" (39,8%). Outros 15,1% avaliaram como "regular", enquanto 3,2% consideraram a gestão "ruim" e 4,3% a avaliaram como "péssima". O percentual de desaprovação foi de 12,4%.
 
A pesquisa também avaliou a intenção de voto em Goiás para a Presidência da República. No cenário estimulado, Caiado lidera com 54,6%, seguido por Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com 14,7%, e Tarcísio de Freitas (Republicanos), com 12,3%. Simone Tebet (MDB) aparece com 4,3%, Ciro Gomes (PDT) com 2,1%, e Romeu Zema (Novo) com 1,1%.
 
O levantamento ouviu 1.684 eleitores em 77 municípios goianos entre os dias 30 de novembro e 4 de dezembro. A margem de erro é de 2,4 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.
 
Muita água para rolar
Conforme antecipado pela equipe do jornal A Redação, Ronaldo Caiado planeja intensificar, a partir de janeiro, viagens pelo Brasil e encontros com lideranças políticas aos finais de semana. O objetivo é buscar apoio e ampliar sua popularidade no cenário nacional, visando as eleições de 2026.
 
Desde as últimas eleições municipais, quando conseguiu eleger, pela primeira vez em 36 anos, um prefeito na capital goiana, o nome de Caiado tem ganhado força nos debates políticos nacionais.
 
Apesar disso, o cenário para 2026 permanece incerto, com outros nomes da direita sendo cogitados, entre eles o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). A movimentação dos partidos deve se intensificar a partir de janeiro, quando os alinhamentos estratégicos para a Presidência, o Senado e os governos estaduais começarão a ser definidos com mais clareza.

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