Jales Naves
Especial para AR
Goiânia - O Instituto Histórico e Geográfico de Goiás terá, na próxima sexta-feira (6/12), às 9h, três momentos especiais, a começar pela inauguração da sala de reuniões Geraldo Coelho Vaz, em celebração ao escritor que dirigiu a instituição por oito anos (2013-2021).
O local, além de uma mesa para 14 pessoas, recebeu uma foto de Geraldo, um quadro de sua esposa, a artista plástica Alcione Guimarães, e uma estante deslizante.
Além disso, no dia haverá o lançamento da mais nova obra do homenageado, “Roque Alves de Azevedo – Primeiro Poeta Catalano”, e a realização de mais uma edição do projeto "Café com Arte na Casa Rosada" - executada em parceria com a Associação Goiana de Artes Visuais (AGAV) e que abre a exposição "Abstrato, natureza poética", da artista plástica Demirane, que vem se destacando, cada vez mais, no mercado das artes, com suas produções pictóricas.
Homenageado
Um dos mais destacados autores goianos, Coelho Vaz nasceu no bairro de Campinas, em Goiânia, no dia 24 de setembro de 1940. Formado em Direito pela Universidade Católica de Goiás, foi professor de Direito Penal e Direito Processual Penal na Escola dos Oficiais da Polícia Militar do Estado. Repórter, por muitos anos, da “Folha de Goiaz”, dos Diários Associados, colaborou com diversos jornais goianos.
Presidente por três mandatos da Seção de Goiás da União Brasileira de Escritores (UBE-GO), é membro do Instituto Histórico e Geográfico de Goiás e da Academia Goiana de Letras, tendo também presidido ambos, e outras entidades culturais. Foi um dos fundadores do Grupo de Escritores Novos (GEN), movimento literário que polemizou a literatura goiana. Foi Secretário de Estado de Cultura. É verbete da “Enciclopédia Afrânio Coutinho”, do Ministério da Educação (1990).
Fundou os jornais “A Voz do Escritor”, “Mutirão Cultural” e “Painel Cultural”. Participa ativamente do movimento cultural do estado e recebeu o Troféu “Tiokô”, conferido pela UBE-GO. Em 2004 recebeu a Medalha “Hugo de Carvalho Ramos”, do Conselho Estadual de Cultura de Goiás, e o Prêmio Clio de História, da Academia Paulistana de História, com o livro “Senador Canedo – Vida e obra”; e a Comenda “Grão-Mestre da Ordem do Mérito Anhanguera”, do Governo goiano, no grau de Comendador, pelos relevantes serviços prestados ao Estado de Goiás.
Em 2007 foi o vencedor do Prêmio Bolsa de Publicações Hugo de Carvalho Ramos, com o livro de poemas “O Outro Caminho”, que tem prefácio do poeta e crítico de literatura Ivan Junqueira, na época presidente da Academia Brasileira de Letras.
Primeiro poeta
Em seu mais novo livro, Coelho Vaz discorre sobre o primeiro poeta catalano, Roque Alves de Azevedo, conhecido por Roquinho. Ele estudou no Colégio do Caraça, próximo a Ouro Preto, em Minas Gerais, por 10 anos, foi Professor de Primeiras Letras na sua cidade natal, poeta, músico e boêmio. Foi muito amigo do escritor e juiz Bernardo Guimarães, romancista e poeta, conhecido pelo romance “A Escrava Isaura”.
O primeiro coronel da Guarda Nacional de Catalão, Roque Alves de Azevedo, não teve herdeiros naturais, só filhas, e por isso adotou um menino, a quem deu o próprio nome e que ficou com o apelido de Roquinho.