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Liderança

O engenheiro que virou escritor

Henrique Meirelles lança seu livro em Goiânia | 18.11.24 - 18:36 O engenheiro que virou escritor Henrique Meirelles lança o livro Calma Sob Pressão em Goiânia (Foto: Arquivo/A Redação)
João Unes
 
Goiânia - Henrique Meirelles é um goiano que brilha na Economia mundial. Deixou sua Anápolis para ser presidente do maior banco dos Estados Unidos. Depois de conquistar Nova York e Boston, voltou para Goiás para ser o deputado federal mais votado do Estado. 
 
Em 2002 foi convidado para ser o presidente do Banco Central no primeiro governo Lula e foi o responsável por um dos maiores períodos de crescimento econômico na história recente do Brasil. Sob seu comando, o País liquidou a dívida externa e acumulou reservas internacionais.
 
No governo Michel Temer, foi ministro da Fazenda e um dos responsáveis por tirar o País de uma de suas mais severas crises econômicas. 
 
Atualmente, é presidente do Conselho do Grupo Lide, formado pelos maiores líderes empresariais do Brasil. Sua experiência rende convites para palestras e consultorias por todo o mundo.
 
Com tanta história para contar, Meirelles resolveu então reunir algumas delas em um livro que já se tornou best-seller: Calma sob Pressão: O que aprendi comandando o Banco de Boston, o Banco Central e o Ministério da Fazenda.
 
Rapidamente, a obra se tornou leitura obrigatória para políticos, economistas e estudantes, e teve sua primeira edição esgotada em menos de um mês, com 7 mil exemplares vendidos. A Editora Planeta já lançou a segunda edição.
 
Em turnê nacional para o lançamento do livro, Meirelles revelou em entrevista exclusiva ao jornal A Redação, por telefone, algumas das histórias relatadas em sua obra, que será lançada nesta terça-feira, 19 de novembro, em Goiânia. 
 
(Foto: Arquivo/A Redação)
 
A Redação: O que motivou o senhor a escrever o livro Calma Sob Pressão?
Henrique Meirelles: Olha, eu já recebi inúmeras vezes, durante muito tempo, pedidos para descrever uma ou outra situação, principalmente na coluna que eu tenho no jornal O Estado de S. Paulo, e eu quis colocar tudo de uma forma organizada. De acordo com o calendário do acontecimento e o lançamento do livro. É uma boa decisão porque o livro de fato está sendo um sucesso, esgotou a primeira edição, já está na segunda. E as pessoas estão gostando muito, exatamente nesse aspecto aí, da política econômica, etc.
 
AR: E como sua origem em Goiás influenciou na construção desta obra?
HM: Eu tenho uma influência grande de minha família goiana, são muitas gerações, etc. Eu nasci aí, cresci aí. Eu pratiquei política estudantil, fui presidente do Grêmio do Liceu de Goiânia. Isso tudo me deu um aprendizado muito grande de como exercer a politica, falar em público, etc. Foi um período muito rico que de fato me deu condições posteriores de ir andando mais rápido quando entrei no Banco de Boston. 
 
AR: O senhor pretende se candidatar a algum cargo político por Goiás?
HM: Eu não tenho planos políticos. Eu não tenho nenhum plano de candidatura. Eu gosto muito de Goiás, tenho parentes aí, mas não tenho planos de mudança no momento. Estou bem aqui em São Paulo e as coisas estão acontecendo normalmente. A minha interação com o Goiás é sempre muito boa, muito rica e continua. 
 
Essa experiência que eu mencionei, toda a minha adolescência em Goiás, falar em público e liderar, tudo isso me influenciou muito. Foi uma experiência que eu adquiri aí em Goiás.
 
AR: Como é que o senhor analisa o momento do Banco Central do Brasil, que está prestes a passar por uma transição na sua presidência?
HM: Olha, é um momento de expectativa, né? Aguardar o que o futuro presidente, Gabriel Galípolo, vai fazer. Espero, por tudo que ele está dizendo e fazendo como diretor, que ele vai seguir a linha técnica correta. E ele próprio disse que já tem luz verde do presidente Lula. Então a minha expectativa é que ele basicamente cumpra o que está dizendo.
 
AR: Quanto ao Ministério da Fazenda, o senhor acha que a política econômica atual está sendo conduzida de forma correta?
HM: Olha, acredito que o Fernando Haddad está fazendo o melhor possível, existe essa questão do corte de gastos, a pressão do PT, dos ministérios, etc. Por outro lado ele é responsável por manter o equilíbrio fiscal. Então, eu acho que ele está, digamos assim, num equilíbrio entre esses lados opostos.
 
AR: Como o senhor espera que será o pacote de cortes de gastos do governo?
HM: Vamos aguardar agora o tamanho desses cortes, porque isso é que será fundamental. Um pacote que resolveria o problema seria o corte de R$ 60 bilhões. No entanto, se fala em R$ 30 bilhões. Eu acho que 30 é positivo, mas não resolve o problema. Vai ficar faltando ainda coisa para fazer para frente. Se for 60, estabiliza.
 
AR: E a cotação do dólar? O senhor acredita que ela suba ainda mais ou deve estabilizar? 
HM: Não, eu acho que deve ficar por aí onde está mesmo.

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