A Redação
Goiânia - A combinação entre o calor intenso e as poucas chuvas registradas em outubro resultou, segundo levantamento da Equatorial Goiás, em um aumento de quase 16% no consumo de energia elétrica pelos clientes residenciais no estado. A conta foi feita em relação ao mês de setembro e o percentual registrado foi um recorde no estado.
Segundo o executivo de faturamento da Equatorial Goiás, Marcos Aurélio Silva, o cenário se deve, principalmente, devido à maior demanda por aparelhos de climatização.
Ele explica que, quando as temperaturas externas estão muito altas, o aparelho precisa trabalhar mais intensamente para resfriar o ambiente. "Com a umidade causada pelas chuvas, os aparelhos não apenas refrigeram o ar, mas também precisam remover a umidade, o que aumenta consideravelmente o seu gasto de energia", diz.
Bandeira tarifária
Até o fim do mês de outubro, a bandeira tarifária definida pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) era a vermelha, em função das chuvas abaixo da média, com impacto direto nos reservatórios das hidrelétricas do país. Esse cenário de escassez, somado ao mês com temperaturas superiores à média histórica em todo o país, fez com que as termelétricas, com energia mais cara que hidrelétricas, passassem a operar mais.
Para novembro deste ano, a Aneel anunciou que a bandeira será amarela. A mudança será possível em razão do aumento do volume de chuvas registrado em outubro. Com isso, o valor extra cobrado para cada 100 kwh consumidos passa de R$ 7,877 para R$ 1,885. As concessionárias de energia somente seguem o que determina o Governo Federal e não têm influência sobre as medidas adotadas.
Dicas de economia
Pequenas mudanças diárias podem fazer total diferença na redução da fatura. Ao desligar aparelhos quando não estão sendo utilizados, fazer uso dos eletrodomésticos eficientes e aproveitar ao máximo a luz natural, os consumidores contribuem para a estabilidade e eficiência da rede elétrica.
Uma forma de economizar ainda mais é reduzindo o tempo no chuveiro. Por exemplo, dois banhos diários de quinze minutos em potência máxima (inverno) consomem em média R$ 66 por pessoa ao mês. Reduzindo a temperatura para o modo verão e ajustando o tempo debaixo do chuveiro para sete minutos, o custo cai para R$ 15 por pessoa. Em uma casa com quatro pessoas, isso pode resultar em uma economia total aproximada de R$ 205 no mês.
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