A Redação
Goiânia - Um técnico de futebol infantil foi vítima de injúria racial durante um campeonato no Residencial San Marino, em Goiânia. O episódio ocorreu no último sábado (2), e as informações foram repassadas por seu advogado, Kleber Junior Moreira. O treinador foi chamado de "macaco" por uma psicóloga, mãe de um dos alunos, que participava do evento. A agressão verbal deixou o técnico visivelmente abalado. Segundo o advogado, esta não é a primeira vez que ele enfrenta situações de discriminação racial.
A Polícia Civil de Goiás está investigando o caso, e a psicóloga chegou a ser presa em flagrante por injúria racial. Em depoimento, ela tentou justificar o comentário, alegando que se referia ao comportamento do técnico e de alguns jogadores, mas testemunhas do evento acionaram a Polícia Militar após o ocorrido. A mulher fugiu inicialmente, mas foi localizada em sua residência no Setor Marista, onde foi detida. No momento da abordagem, o marido da acusada afirmou que a esposa estava sendo "perseguida por inveja" devido a sua aparência e sucesso profissional.
Após audiência de custódia no domingo (3), a psicóloga foi liberada mediante medidas restritivas impostas pela Justiça. Entre elas, está a proibição de frequentar locais esportivos e de manter qualquer tipo de contato com a vítima. Essas restrições têm validade de 180 dias, e o descumprimento poderá resultar na prisão preventiva.
O Conselho Regional de Psicologia de Goiás (CRP-09) se manifestou em nota, repudiando qualquer forma de racismo e enfatizando o compromisso da Psicologia com o respeito à diversidade e à justiça social. Se condenada, a psicóloga poderá enfrentar uma pena de 2 a 5 anos de prisão.