Inundações em Valência, na Espanha, deixam pelo menos 92 mortos

São Paulo - Autoridades espanholas informaram, nesta quarta-feira (30/10), que ao menos 92 pessoas morreram depois que enchentes repentinas varreram carros, transformaram ruas em rios e interromperam linhas ferroviárias e rodovias na região de Valência, no sudeste do país.

Há ainda dezenas de desaparecidos, de acordo com a mais recente atualização do Centro de Coordenação Operacional Integrado do Ministério do Interior espanhol, que recolhe informação de vários organismos de emergência e segurança.

Em algumas cidades não há energia elétrica nem serviço de telefone. Além disso, muitos locais estão inacessíveis. "Estamos diante de uma situação inédita, da qual ninguém tem recordação", disse o chefe do governo de Valência em pronunciamento no final do dia. 

As inundações, provocadas por chuvas torrenciais, devem continuar até quinta-feira (31/10) de acordo com o serviço meteorológico nacional do país. O primeiro-ministro espanhol disse que dezenas de cidades foram inundadas e alertou que o perigo não acabou. "É o maior número de mortos por uma catástrofe climática na Europa desde as inundações de 2021 na Alemanha e Bélgica, que causaram mais de 200 mortes", relatou o governo em nota. 
 

Desastre
Segundo a imprensa internacional, um trem de alta velocidade, com quase 300 pessoas a bordo, descarrilou perto de Málaga. Autoridades ferroviárias disseram que ninguém ficou ferido. 
 

Inundações com água cor de lama derrubaram veículos pelas ruas em velocidades assustadoras. Pedaços de madeira foram vistos rodopiando em meio a artigos domésticos levados pela água. A polícia e os serviços de resgate usaram helicópteros para retirar pessoas de suas casas e carros.

 

Mais de 1.000 soldados das unidades de resposta a emergências foram enviados às áreas devastadas e o governo central da Espanha criou um comitê de crise para ajudar a coordenar os esforços de resgate. Emissoras locais mostraram vídeos filmados por moradores em pânico documentando as inundações. (Agência Estado)