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Goiás

Saúde investiga surtos de gripe em escolas de Goiânia e Aparecida

Mortes de dois estudantes foram notificadas | 18.10.24 - 17:07 Saúde investiga surtos de gripe em escolas de Goiânia e Aparecida (Foto: Iron Braz/SES-GO)
 
Victor Santos

Goiânia -
 A Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) informou, nesta sexta-feira (18/10), que investiga casos de surto de influenza em duas escolas particulares de Goiânia e em uma de Aparecida de Goiânia. Segundo a SES, também estão sob investigação a morte de uma criança de 5 anos, em Aparecida de Goiânia, e de uma estudante de 12 anos, ocorrida em Goiânia.

Em entrevista coletiva, o secretário da pasta, Rasivel dos Reis, também informou que mais de 6 mil casos de síndrome respiratória aguda grave foram notificados em Goiás, e destes, 595 evoluíram para óbito, sendo que 12% óbitos foram devido ao vírus de influenza A, que é a variante da H1N1.
 
"Estamos acompanhando esses casos todos de Goiânia e Aparecida de Goiânia, onde aconteceram esses surtos. Essa é uma sazonalidade, pode acontecer realmente nesses períodos, o que vai ajudar na condução desses casos é a vacinação das crianças, a vacinação dos professores, a vacinação da sociedade", afirmou o secretário, que também divulgou que foi criada uma sala de situação para acompanhar os casos da doença no Estado. 
 
Rasivel também comentou que a SES-GO realiza um acompanhamento próximo com as escolas para tentar mitigar casos de influenza entre alunos. "Estamos fazendo uma campanha para que as escolas informem sempre que tiver mais de três casos na unidade e informem a vigilância para que a gente faça esse acompanhamento e afastar as crianças e os professores que estejam com sintomas gripais para que interrompa a cadeia de transmissão", disse.
 
O secretário alertou ainda que Goiás conta com uma baixa taxa de vacinação na população, o que propicia o aumento de casos de influenza. "A população precisa se vacinar. A gente tem visto que 44% de cobertura é muito baixo. O Ministério da Saúde recomenda a gente ter uma cobertura acima de 90% para proteger a população. Não faltam vacinas na rede estadual nem nas municipais, a gente tem doses suficientes distribuídas em toda a rede. A gente realmente tem uma baixa cobertura de vacinação, a gente precisa realmente trabalhar com a vacinação da população. A gente tem incentivado a notificação de todos os casos de síndrome respiratória aguda grave", analisou.
 
A Superintendente de Vigilância em Saúde do Estado de Goiás, Flúvia Amorim, deu recomendações para que a população possa se prevenir da influenza. "Primeiro, vacina. Segundo, higienizar bem as mãos. Pessoas com sintomas respiratórios, usem máscara, procurem assistência à saúde para saber o que tem, principalmente se for criança, idoso, gestante. Porque a nossa preocupação é nesses grupos porque a chance dessas pessoas evoluírem para óbito é muito maior", alertou.
 
Falta de salas de vacinação prejudica campanha
Rasivel dos Reis informou que a SES-GO tem recebido denúncias de falta de profissionais para aplicar vacinas em Goiânia, o que pode prejudicar a campanha de imunização. "A gente tem recebido algumas ligações da população, da comunidade, tem procurado estar dizendo que tem ido em unidades de saúde de Goiânia e não tem conseguido se vacinar e estão alegando falta de vacina", disse.
 
"Queremos deixar claro a toda a sociedade que não faltam vacinas nem no Estado, nem nos municípios. A gente tem vacinas suficientes distribuídas no Estado, nas nossas regionais, nos municípios, nas salas de vacinação. Então não é por falta de vacina. O que a gente tem em alguns locais que o pessoal tem denunciado é falta de pessoas para se vacinarem. A gente percebeu também que em Goiânia foram fechadas 20 salas de vacinação. Isso será notificado à Secretaria Municipal de Saúde (SMS) para que essas salas sejam reabertas, porque nesse momento a gente precisa de pessoas para aplicarem as vacinas da sociedade, para a gente aumentar essa cobertura e proteger toda a sociedade",  completou.

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