A Redação
Goiânia - Depois que a cidade de Faina, localizada a 208 quilômetros de Goiânia, decretou, no último dia 10, situação de calamidade pública devido ao desabastecimento de água, uma força-tarefa passou a investigar a captação hídrica irregular no Rio do Peixe - que, segundo a Prefeitura do município, secou completamente.
Na manhã desta quinta-feira (17/10), uma operação do Gabinete Estadual de Ações Integradas, e que contou com a participação da Defesa Civil, das Secretarias de Estado da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Seapa), de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad), Corpo de Bombeiros, Polícia Militar Ambiental, Polícia Civil, Secretaria de Meio Ambiente de Faina e Ministério Público de Goiás (MPGO),
identificou bombas irregulares que desviavam água para irrigar pomares e plantações.
Seis pontos de captação não autorizada foram localizados e interrompidos em propriedades rurais. Os responsáveis foram notificados e terão 60 dias para regularizar a situação.
De acordo com o MPGO, em algumas propriedades, embora não houvesse bomba instalada, foram encontradas mangueiras para captação de água. A Semad também orientou o município sobre a necessidade de regularização das outorgas de água. A visita às nascentes dos rios não foi realizada, pois os proprietários não haviam sido previamente informados. Devido à complexidade do trabalho nas nascentes, essa etapa será realizada em um momento futuro, priorizando inicialmente os pontos já identificados.
Rio do Peixe
O Rio do Peixe é a principal fonte de captação de água para abastecimento da população local e enfrentou uma situação crítica na semana passada, quando o curso d’água praticamente secou. Diante da gravidade, a prefeitura decretou estado de emergência. O Corpo de Bombeiros utilizou um autotanque para transportar água de um manancial próximo e garantir o abastecimento da cidade, evitando a interrupção total do fornecimento.