A Redação
Goiânia - Candidato a prefeito de Goiânia, Fred Rodrigues (PL) pretende rediscutir o subsídio do transporte público da Região Metropolitana que mantém a passagem de ônibus congelada em R$ 4,30 desde 2019. A declaração, dada durante debate nesta quinta-feira (3/10), veio em tom de crítica: “O subsídio nada mais é do que o dinheiro que o Estado tira de você de impostos.”
O prefeitável, porém, preferiu não oficializar o compromisso com a mudança da taxa. "Seria uma irresponsabilidade eu, como prefeito, dizer que vou reduzir a tarifa ou mesmo manter a tarifa congelada”, anunciou o candidato do PL.
Fred aproveitou para lembrar que a Prefeitura de Goiânia arca com cerca de R$ 163 milhões por ano, de um total de R$ 473, para manter a tarifa em R$ 4,30. Sem o subsídio, o usuário do transporte público na capital e nas cidades da Região Metropolitana estaria pagando R$ 9,38, o valor da chamada tarifa técnica – o subsidio complementa a diferença entre o valor que o usuário paga (R$ 4,30) e o que as empresas recebem (tarifa técnica) para manter a operação.
Histórico
O subsídio do transporte coletivo foi iniciado em 2019 a partir de uma iniciativa do governador Ronaldo Caiado (União Brasil), em parceria com os municípios de Goiânia, Aparecida de Goiânia e Senador Canedo. Governo estadual e prefeitura de Goiânia arcam com 41% cada, as demais prefeituras com o restante.
A política de subsídio garantiu o congelamento da tarifa nos últimos seis anos, beneficiando milhares de trabalhadores e estudantes, sendo considerada um marco para o transporte público da Região Metropolitana. Além da passagem, a parceria entre Estado e municípios também promove uma completa reestruturação do sistema com a aquisição de novos ônibus, reforma de terminais e plataformas, e a troca de todos os abrigos.