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Goiânia pretende imunizar 143 mil cães e gatos durante Campanha Antirrábica

Ação começa neste sábado (14) | 14.09.24 - 08:12 Goiânia pretende imunizar 143 mil cães e gatos durante Campanha Antirrábica Campanha de Vacinação Antirrábica (foto: SMS)
A Redação 

Goiânia
- Mais de 140 mil cães e gatos devem ser imunizados durante a Campanha de Vacinação Antirrábica que começa neste sábado (14/8), em Goiânia, das 8h às 17h, com 137 pontos localizados nos Distritos Sanitários Sul, Leste, Campinas/Centro e Norte. No dia 21 de setembro, segundo e último dia da campanha, serão 153 pontos nos distritos Sudoeste, Noroeste e Oeste. Somando os dois dias, são 290 pontos de vacinação durante a campanha.
 
A meta da campanha é proteger 143 mil animais, o que representa 80,13% da população animal estimada em Goiânia, que é de 172 mil. Em 2023, foram vacinados 100.435 animais, sendo 88.880 cães e 11.555 gatos.
 
Após o dia 21 de setembro, tutores de mais de dez animais poderão agendar a vacinação em casa pelos telefones 62 3524-3131, 3524-3129 (WhatsApp) e 3524-3130 (plantão). Além disso, até o final do mês, toda sexta-feira os animais também podem ser vacinados na sede dos distritos.
 
A vacina, destinada a cães e gatos com mais de três meses de idade, é a forma mais eficaz de evitar a disseminação da doença que, em animais, possui 100% de letalidade, segundo o Ministério da Saúde (MS). 
 
“É uma doença extremamente grave, portanto, ao vacinarmos os animais estamos nos protegendo também. A antirrábica também protege os animais da raiva transmitida pelo morcego, este ano já foram registrados oito episódios da doença na cidade”, informa o diretor de Vigilância em Zoonoses, Murilo Reis.
 
O imunizante é gratuito e os tutores não precisam apresentar documentação. Somente animais doentes ou em tratamento com antibióticos ou anti-inflamatórios, não devem ser vacinados. "Esses animais têm baixa resposta imunológica devido às condições de saúde, o que pode reduzir a eficácia da vacina. O ideal é procurar a Zoonoses para vacinar o animal quando ele estiver saudável ou após o término do tratamento medicamentoso", explica o diretor. 
 
Histórico de raiva canina em Goiânia
Desde 1999, Goiânia não registra casos de raiva humana causada pela variante canina e desde 2000 não há registro de raiva em cães.
 
A doença
A raiva é uma doença infecciosa grave que afeta o sistema nervoso central e é transmitida ao homem através da saliva de animais infectados, principalmente por meio de mordeduras. A transmissão também pode ocorrer por arranhaduras ou lambeduras desses animais. O período de incubação da doença varia entre as espécies e pode durar de dias a anos, com uma média de 45 dias nos humanos. A duração da incubação está relacionada à localização, extensão e profundidade da mordedura, arranhadura ou lambedura, além do tipo de contato com a saliva do animal infectado. 
 
Nos cães e gatos, o vírus é eliminado na saliva de dois a cinco dias antes do aparecimento dos sinais clínicos e continua a ser transmitido durante toda a evolução da doença. A morte do animal geralmente ocorre entre cinco e sete dias após o início dos sintomas. Em animais silvestres, como os morcegos, não se sabe ao certo o período de transmissibilidade do vírus. No entanto, sabe-se que os morcegos podem carregar o vírus por longos períodos sem apresentar sintomas aparentes.
 
Sintomas
O principal sintoma da raiva em cães e gatos é a mudança de comportamento. Os animais infectados geralmente apresentam sinais como salivação excessiva, dificuldade para engolir, alterações nos hábitos alimentares e até paralisia. Outros sintomas podem incluir falta de apetite, hidrofobia, fotofobia, dilatação das pupilas e alterações comportamentais, incluindo agressividade, auto agressão e cansaço.
 
"Se os tutores observarem qualquer um desses sintomas, devem considerar a possibilidade de raiva. É importante, se possível, manter o animal em observação por até dez dias em um local seguro, sem acesso à rua, com comida e água disponíveis. A orientação é entrar em contato com o serviço de Zoonoses para notificar o caso o quanto antes", frisa Murilo, ao completar que “para garantir a proteção contínua dos nossos animais e a segurança da população, é fundamental que todos participem da campanha e mantenham seus pets vacinados anualmente," reforça o diretor.

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