Entre os mais influentes da web em Goiás pelo 14º ano seguido. Confira nossos prêmios.

Envie sua sugestão de pauta, foto e vídeo
62 9.9850 - 6351

Faeg

Caiado lança ação que remunera produtores pela preservação de áreas nativas

Pagamento será de R$ 498 por hectare | 10.09.24 - 17:39 Caiado lança ação que remunera produtores pela preservação de áreas nativas José Mário Schreiner, Caiado e Gracinha no evento (Foto: Wesley Costa)
A Redação

Goiânia - 
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado, lançou o Programa Estadual de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA), nesta terça-feira (10/9), na Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg), em Goiânia. O obejtivo é garantir incentivo econômico aos produtores rurais comprometidos com a preservação do meio ambiente. “É um passo muito importante. Estamos escrevendo como deve ser feita a proteção ambiental do Cerrado e também de outros biomas”, afirmou o governador.
 
O programa prevê o pagamento anual de R$ 498 por hectare para o proprietário rural que se comprometer a preservar áreas de Cerrado além das parcelas obrigatórias por lei. Aquele que se comprometer a recuperar pelo menos uma nascente degradada por ano recebe valor ainda maior, de R$ 664 por hectare. Os recursos vêm do Fundo Estadual do Meio Ambiente (Fema). O limite máximo a ser remunerado é de 100 hectares por propriedade.
 
“Ao sermos desafiados, precisamos superar nossas dificuldades e mostrar o quanto somos eficientes não só para produzir, mas para preservar”, disse Caiado, que esteve acompanhado no evento pela coordenadora do Goiás Social, primeira-dama Gracinha Caiado.
 
“Goiás foi o que mais reduziu o desmatamento no Cerrado. Estamos produzindo sim, mas também controlando o desmatamento ilegal, com muito esforço”, pontuou a secretária de Meio Ambiente, Andrea Vulcanis. A gestora ressaltou que, embora haja iniciativas semelhantes no país, nunca foram implementadas de fato. “Ninguém paga serviço ambiental no Brasil”, lembrou.

Leia mais:
Incêndio atinge área de preservação no CT do Goiás em Goiânia
 
“Pela primeira vez vejo algo acontecer no Brasil. Você ouve falar em compensação ambiental, lei federal que vai monetizar o produtor rural, mas nunca foi palpável”, celebrou o presidente do Sistema Faeg/Senar e vice-presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), José Mário Schreiner, que também exaltou a redução dos desmatamentos em Goiás. “Vemos hoje os números de licença ambiental serem maiores do que o desmatamento ilegal”, citou.
 
Em setembro de 2023, o governador assinou, com representantes do setor produtivo, um pacto em que todos assumiam o compromisso de acabar com a supressão de vegetação feita à margem da lei até o fim da década. 
 
Cerrado em Pé
Para se inscrever no PSA, o proprietário rural precisa ter no mínimo dois hectares de área passível de supressão vegetal, ou seja, que eles poderiam suprimir para usar para o plantio ou criação de gado ou outra atividade econômica. O programa não contempla reservas legais ou áreas de preservação permanente (APPs), que já são protegidas por lei.
 
A primeira fase do programa abrange os municípios de Niquelândia, Minaçu, São João d’Aliança, Cavalcante, Monte Alegre, Alvorada do Norte, Damianópolis, Mambaí e São Domingos. As inscrições para participar da iniciativa vão de 1º de dezembro de 2024 a 15 de março de 2025. As regras estão definidas em edital.
 
Têm prioridade no PSA pessoas em situação de vulnerabilidade social, pequenos agricultores e mulheres. Até 30% dos recursos destinados ao programa estão reservados para comunidades tradicionais, como os quilombolas, que serão objeto de edital específico. O pagamento será feito em parcela única anual, desde que a área continue sendo protegida.
 


Comentários

Clique aqui para comentar
Nome: E-mail: Mensagem:
Envie sua sugestão de pauta, foto e vídeo
62 9.9850 - 6351