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Integration

Bolsas de luxo, anéis e helicópteros: polícia divulga balanço de operação que prendeu Deolane

Bens totalizam mais de R$ 150 milhões | 05.09.24 - 20:43 Bolsas de luxo, anéis e helicópteros: polícia divulga balanço de operação que prendeu Deolane Bolsas de luxo, anéis e helicópteros: polícia divulga balanço de operação que prendeu Deolane. (Foto: Reprodução)
São Paulo - A Operação Integration da Polícia Civil de Pernambuco, deflagrada na quarta-feira (4/9), cumpriu, até o momento, 10 mandados de prisão e 24 mandados de busca e apreensão. A operação segue com diligências em curso. A soma dos bens e valores em dinheiro apreendidos totaliza mais de R$ 150 milhões. Segundo a polícia, foram dezenas de imóveis, embarcações, aeronaves, veículos e objetos de valores. "Só em um alvo, a gente encontrou 11 relógios da marca Rolex", disse o delegado-geral Renato Rocha.

Dentre os alvos da operação, estão grupos ligados a bets (sites de apostas esportivas, que são regulares), mas a investigação mira sites de jogos de azar, que são ilegais. Segundo as autoridades, a organização criminosa realiza lavagem de dinheiro por meio de empresas de eventos, publicidades, casas de câmbio e seguros.

Dentre as apreensões realizadas, foram contabilizados até o momento: R$ 439.869 em espécie; U$ 2.153 em espécie (cerca de R$ 12.146); ? 5.819 em espécie (cerca de R$ 36.372); £ 6.310 em espécie (cerca de R$ 46.567); duas aeronaves e dois helicópteros avaliados em R$ 127 milhões; cinco automóveis de luxo avaliados em R$ 24,4 milhões; 37 bolsas femininas de luxo; 76 anéis e 17 joias de diversos modelos; 16 relógios de luxo.

Foram apreendidos ainda vários documentos que estão sendo analisados e deverão robustecer os elementos de prova reunidos no inquérito policial, segundo a Polícia Civil de Pernambuco.

Prisões
Dentre as pessoas presas estão a influenciadora digital e advogada Deolane Bezerra e sua mãe, Solange Bezerra. Deolane fazia a divulgação da Esportes da Sorte, que também está sendo investigada. O dono da casa de apostas, Darwin Filho, deve se entregar a polícia ainda nesta quinta-feira, 5, segundo seu advogado. O empresário proprietário da VaideBet também está sendo investigado.

José André da Rocha Neto também é dono de outras empresas, dentre elas a JMJ Participações, que comprou um avião que foi apreendido na operação policial. O avião estava em nome de uma empresa do cantor Gusttavo Lima, que afirma ter vendido a aeronave para JMJ. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) confirma a venda e afirma que o avião está em nome do artista sertanejo enquanto não é concluído o pagamento integral pela venda.

A defesa de Deolane Bezerra afirmou ser vítima de "grande injustiça" e disse que "as questões legais estão sendo tratadas com seriedade e transparência".

Esportes da Sorte
Em nota, a Esportes da Sorte diz que, desde março de 2023, tem prestado todos os esclarecimentos necessários nos autos do inquérito policial em curso. A empresa de apostas online afirmou ainda que suas atividades de aposta de cotas fixas "cumprem rigorosamente a lei com excelência jurídico-regulatória, acompanhamento de auditoria independente e sistema de compliance".

Segundo o site, houve "interpretação precipitada e equivocada dos fatos apurados, sem qualquer análise ou consideração dos argumentos já apresentados". Tanto é assim, prossegue "que a autoridade policial não apreendeu qualquer objeto, documento ou equipamento na sede da empresa". A Polícia Civil não informou se houve bens apreendidos nessa empresa.

VaideBet
Já a VaideBet informa que acompanha a operação da Polícia Civil e que se colocará plenamente à disposição das autoridades para prestar os esclarecimentos que forem solicitados quanto à atuação da empresa e de seus sócios. "A marca, no entanto, ressalta que recebeu com surpresa o cumprimento do mandado de busca e apreensão, uma vez que desde o ano passado se prontificou em contribuir com as investigações, tendo previamente indicado os endereços e contatos pertinentes", disse, em nota.

"As atividades da empresa até aqui são pautadas pelo estrito cumprimento da legislação vigente e já estão adequadas à regulação do setor para 2025. Ainda no mês de agosto, o Grupo BPX, empresa detentora da marca VaideBet, deu entrada no requerimento da licença junto ao governo federal para obtenção da outorga para atuação regularizada no Brasil a partir do início do próximo ano", acrescentou. (Agência Estado)

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