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FEMINICÍDIO

Fisiculturista suspeito de espancar companheira em Aparecida muda versão

Dona de casa morreu em maio | 23.08.24 - 20:31 Fisiculturista suspeito de espancar companheira em Aparecida muda versão Fisiculturista suspeito de espancar companheira em Aparecida muda versão. (Foto: Reprodução Redes Sociais)
A Redação

Goiânia
- Depois de passar quase quatro meses afirmando que a companheira, Marcela Luise, de 31 anos, teria escorregado enquanto limpava a casa, em Aparecida de Goiânia, o fisiculturista e nutricionista Igor Porto mudou a versão. Em depoimento divulgado nesta sexta-feira (23/8), o homem admitiu que empurrou a esposa. O caso foi registrado em maio passado e a dona de casa acabou morrendo após passar 11 dias internada com fraturas. O suspeito, que disse que se exaltou durante uma discussão na residência do casal, está preso desde 18 de maio e responde por feminicídio.

Relembre
O novo depoimento confirma uma teoria que vem sendo trabalhada desde o começo pela Polícia Civil de Goiás (PCGO). A desconfiança começou quando Igor levou a companheira a um hospital da cidade, alegando que ela teria escorregado enquanto limpava a casa.  A vítima chegou a unidade de saúde inconsciente e segue, em coma, internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
 
No Boletim Médico, a informação é de que a mulher teve fraturas na cabeça, clavícula e costelas, além de ferimentos e hematomas na boca, olhos, pernas e braços. A perícia na casa onde o casal morava apontou, no entanto, que as lesões não são compatíveis com uma queda como alegou o suspeito.
 
Segundo a Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam) de Aparecida de Goiânia, na ocasião, o hospital entrou em contato com a delegacia informando que trata-se de múltiplas lesões, o que não é condizente com uma queda. "Ela teve traumatismo craniano dos dois lados da cabeça e na base do crânio, fraturou a clavícula, oito costelas e teve várias escoriações pelo corpo”, informa o Boletim de Ocorrência.
 
Histórico
A investigação polícia descobriu que o fisiculturista tem um histórico de violência doméstica, que inclui antecedentes de Maria da Penha contra uma ex-namorada e contra a atual companheira. Nesse primeiro inquérito, a vítima pediu uma medida protetiva, porém, quando o casal reatou o relacionamento, o pedido foi retirado. 

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