A Redação
Goiânia - Os servidores das onze agências reguladoras federais confirmaram, por meio do sindicato que representa a categoria, uma paralisação nacional de 24 horas a partir desta quinta-feira (4/7). O protesto é uma resposta ao fato de que as negociações por reajustes salariais, que já duram seis meses, não evoluíram.
Em nota, o Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências) informou que a paralisação foi aprovada por 95% da categoria durante audiência realizada na última sexta-feira (28/6). "O ato ocorre em um contexto de desvalorização das autarquias reguladoras", traz o documento.
O governo federal apresentou, em 22 de maio, uma proposta de recomposição insuficiente, segundo o Sindicato. A oferta, que trazia valores para reajuste salarial de 9% em 2025 e 3,5% em 2026, foi rejeitada por 99% dos servidores.
Ainda de acordo com o Sinagências, um levantamento reflete que, desde 2008, 2.106 servidores pediram exoneração e 1.789 se aposentaram, resultando na perda de 3.800 trabalhadores em 16 anos. "Acreditamos que tal déficit tem impactado significativamente a capacidade de operação das agências, que atualmente perdem, em média, um servidor por dia útil devido a aposentadorias, trocas de cargo ou abandono de carreira", diz a nota.
O Brasil conta com as seguintes autarquias federais:
Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA);
Agência Nacional de Aviação Civil (Anac);
Agência Nacional do Cinema (Ancine);
Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel);
Agência Nacional de Mineração (ANM);
Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP);
Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS);
Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel);
Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq);
Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT);
Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).