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Caso Fábio Escobar

Cacai Toledo estava em apartamento de amiga da família quando foi preso

Ele não resistiu à prisão e não foi algemado | 04.06.24 - 12:22 Cacai Toledo estava em apartamento de amiga da família quando foi preso Cacai conduzio pelos policiais (Foto: PCGO)José Abrão
 
Goiânia – Investigado por supostamente ser o mandante do assassinato do empresário Fábio Escobar, morto em 2021, Carlos César Savastano Toledo, mais conhecido como Cacai, estava escondido no apartamento de uma mulher que é amiga de um familiar dele quando foi detido. A prisão, realizada no Distrito Federal, foi na segunda-feira (3/6). De acordo com a Polícia Civil de Goiás, que divulgou detalhes da prisão nesta terça-feira (4/6), Cacai estava escondido no endereço há cerca de 1 mês. Ele estava foragido desde novembro de 2023, quando teve seu mandado de prisão expedido. Ainda de acordo com a polícia, o ex-presidente do DEM (hoje União Brasil) era o único investigado pelo crime que ainda estava solto. 

Segundo o delegado Thiago Torres, titular da Delegacia Estadual de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco), Cacai se deslocou por diversos estados brasileiros durante os sete meses em que esteve foragido, passando por Minas Gerais, São Paulo e Paraná. Diligências e monitoramentos ocorreram em todas estas localidades e até mesmo na Argentina e no Paraguai, onde o investigado tem pessoas próximas.

Delegado Thiago Torres (Foto: José Abrão) 

“A prisão dele é a conclusão, é o fechamento de uma investigação que teve o indiciamento de todos os autores, todos eles permanecem presos, faltava ele [Cacai], que tinha o mandado de prisão em aberto. Com a prisão dele, nós encerramos o inquérito com a prisão e o encaminhamento de todos os envolvidos ao Poder Judiciário, que agora vai prosseguir com a manutenção da prisão dele e com o restante do processo”, resumiu o delegado em entrevista coletiva. Segundo a PCGO, no momento da prisão, Cacai estava sozinho no apartamento, que fica em Samambaia (DF). Ele não resistiu, não foi algemado e nenhum material, como arma ou documento falso, foi encontrado no local.
 
A polícia estava monitorando endereços e fazendo diligências em Brasília há pouco mais de 20 dias. No momento, Cacai está na carceragem da delegacia da Draco no DF e o pedido já foi feito na Justiça para que ele seja transferido em breve para Goiânia. Ainda segundo o delegado Thiago, a operação foi toda feita pela Polícia Civil e não houve negociação com a defesa do preso. Além disso, Cacai não prestou depoimento e, como o processo já foi encaminhado para o Judiciário, ele não deverá ser ouvido pela polícia.
 
André Ganga, delegado-geral da PCGO, Thiago Torres e Klayter Camilo, adjunto da Draco (foto: José Abrão)

A Polícia Civil agora deve investigar o envolvimento da mulher dona do apartamento em que ele estava para elucidar e responsabilizar a rede de apoio que contribuiu para que Cacai se escondesse por tanto tempo. “Ele é uma pessoa que tem conhecimento, que tem uma situação financeira estável, e isso permitiu que ele se deslocasse. A pessoa que o ajudou será investigada por favorecimento pessoal”, explicou Thiago, salientando que não é um crime grave e que não prevê reclusão.

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

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Entenda o caso
Segundo investigações da Polícia Civil, o assassinato de Escobar, em 2021, teria sido motivado por vingança. O empresário havia trabalhado com Cacai, que presidia o DEM (atual União Brasil), na campanha eleitoral de 2018 e, no ano seguinte, passou a denunciá-lo publicamente por supostos desvios de dinheiro.
 
Em um dos vídeos publicados por Escobar nas redes sociais, ele mostrava o momento em que devolvia R$ 150 mil que, segundo ele, teria recebido de Cacai como suborno para que cessasse as denúncias.
 
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