A Redação
Goiânia - O policial militar Rafael Martins Mendonça foi condenado, nesta terça-feira (28/5), a 111 anos de prisão por matar a tiros a esposa, Elaine Barbosa de Sousa, de 28 anos, e a enteada Ágatha Maria, de 3 anos. Além disso, o agente responde também pela tentativa de homicídio de sua outra enteada, Sarah Sunshine Sousa Bonifácio (5 anos). O crime ocorreu em dezembro de 2022, em Rio Verde, e a condenação veio após denúncia do Ministério Público de Goiás (MPGO).
A decisão ocorreu em sessão do Tribunal do Júri de Rio Verde e, na ocasião, os presentes entenderam que os homicídios de Elaine e Ágatha, conforme a denúncia do promotor de Justiça Paulo de Tharso Brondi de Paula Rodrigues, apresentaram três qualificadoras (motivo torpe, à traição e feminicídio), que também incidem sobre a tentativa de homicídio de Sarah.
Assim, Rafael foi condenado por duplo homicídio triplamente qualificado (em relação a Elaine e Ágatha) e por tentativa de homicídio triplamente qualificado (em relação a Sarah).
Também a pedido do MPGO, o juiz determinou que o réu pague o valor de R$ 200 mil, a título de indenização mínima por danos morais em favor das vítimas, para a reparação dos danos causados. O valor deverá ser dividido na proporção de 50% em favor da vítima sobrevivente, Sarah Sunshine Souza Bonifácio, e os 50%, a ser dividido em partes iguais para os ascendentes das vítimas fatais, ou seja, pai e mãe de Elaine e pai de Ágatha.
Casal vivia relacionamento conturbado
O promotor de Justiça paulo Brondi, que também atuou perante o Tribunal do Júri, apontou que Rafael e Elaine viviam em união estável há um ano e meio. O relacionamento, porém, era
conturbado, pelo fato do policial militar se mostrar "ciumento e possessivo".
Segundo o inquérito, um dia antes dos fatos, Elaine chegou a mandar uma foto de suas malas para uma amiga, dizendo que iria deixar o policial. "No entanto, acabou não fazendo isso, uma vez que Rafael havia afirmado que ele se mataria se isso acontecesse."
O documento ainda relata que "no dia 14 de dezembro, estavam todos em casa, quando, por volta das 21h30, o denunciado pegou um revólver e, para causar sofrimento à companheira, atirou em Ághata. A mãe, para proteger a criança, também foi alvejada. As duas morreram em decorrência dos disparos."
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