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SAÚDE MUNICIPAL

Vereadora Kátia denuncia falta de insumos e médicos especialistas em Goiânia

Relatório foi entregue ao Cremego | 21.05.24 - 13:08 Vereadora Kátia denuncia falta de insumos e médicos especialistas em Goiânia Vereadora Kátia apresenta relatório feito em unidades de saúde ao Cremego (foto: divulgação)

A Redação

Goiânia
- Após visitar sete unidades de saúde municipais em Goiânia, a vereadora Kátia (PT) apresentou ao Conselho Regional de Medicina (Cremego) um relatório das informações coletadas. A reunião ocorreu na noite de segunda-feira (20/5), em Goiânia, e contou com a presença da diretoria do Cremego, membros do Conselho Municipal de Saúde, Sindicato dos Médicos, Sindicatos dos Enfermeiros, Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e outras entidades do setor. 
 
De acordo com a vereadora, o secretário municipal de saúde, Wilson Pollara, não participou do evento. A expectativa era que ele participasse para apresentar soluções para problemas que têm se intensificado, como o desmantelamento do Samu, a superlotação das unidades, a falta de insumos e de médicos especialistas, a precariedade da estrutura física e a substituição do credenciamento de médicos pela contratação via empresas, que tem gerado situações de assédio moral, sobrecarga dos trabalhadores e descumprimento de direitos trabalhistas, por exemplo. 
 
“A ausência dele já foi uma resposta sobre essa crise na saúde”, afirmou a vereadora Kátia. “Essa crise é planejada e programada, como fizeram na Comurg. Eles precarizam o serviço para depois justificar a contratação de uma empresa, a terceirização, a ‘pejotização’ para resolver os problemas que o município não consegue resolver”, argumentou.
 
Na sexta-feira (17/5), a presidente da Comissão de Saúde visitou sete unidades municipais - UPA Novo Mundo, Cais Chácara do Governador, UPA Itaipu, Cais Campinas, Cais Cândida Morais, UPA Noroeste e Cais Vila Nova – e pôde, mais uma vez, constatar os problemas que a saúde de Goiânia já enfrenta nos últimos meses. “Nós temos acompanhado de perto a questão da saúde em Goiânia e posso afirmar que ela nem está na UTI, está em coma”, disse a vereadora.

“As visitas que fizemos só reafirmam o que já temos observado há um ano. Há uma deficiência no número de médicos, enfermeiros e servidores, problemas de estrutura e conservação das unidades e faltam insumos básicos e medicamentos. Na Chácara do Governador, não tinha álcool e algodão. Se uma unidade de saúde não tem álcool e algodão, que é o básico do básico, o que ela vai ter?”, questionou Kátia, acrescentando que uma enfermeira chegou a relatar que pegou álcool emprestado com o pessoal da limpeza para poder aplicar uma injeção.
 
Regulação
Outro problema detectado pela parlamentar foi em relação à regulação. Segundo ela, há um ruído entre a regulação municipal e a regulação estadual e isso tem provocado uma superlotação nas unidades e uma longa espera por um leito num hospital. “Observamos muitos pacientes internados há mais de 24 horas, quando na verdade eles já deveriam ter sido encaminhados a um hospital”, destacou Kátia.

“O Cais é um lugar de passagem. O paciente chega, é atendido, medicado e, se for o caso, vai para casa ou encaminhado a um hospital, mas isso tem demorado 10, 15 dias e as unidades do município não tem estrutura e capacidade de manter esses pacientes ali”, completou, acrescentando que irá averiguar melhor essa questão para descobrir onde está a falha.
 
Todos esses dados, observações, depoimentos de servidores e pacientes, fotos e vídeos, foram reunidos no relatório que a vereadora Kátia apresentou no Cremego e que reforça as fiscalizações e constatações já feitas pelo conselho. Com esses dados, a presidente da Comissão de Saúde irá procurar o Ministério Público de Contas do TCM-GO para que eles possam fazer a verificação e da compatibilidade sobre o que está sendo gasto e os problemas enfrentados na saúde. “Sempre busquei o diálogo, mas a partir do momento que as soluções não são tomadas, as sanções precisam ser aplicadas”, afirmou Kátia.

“Nós, que estamos em cargos públicos, temos de responder pelas nossas ações ou omissões. A saúde enfrenta uma grave crise e a população, os médicos e os servidores estão sofrendo, com sobrecarga, superlotação, falta de medicamentos e insumos, estafa, péssimo serviço prestado e até relatos de assédio moral. E se a prefeitura não resolve a situação, alguém precisa ser responsabilizado e responder judicialmente por isso”, concluiu.

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