A Redação
Goiânia - Uma pesquisa da Universidade Federal de Goiás (UFG) analisou os impactos das diferentes ocupações do solo urbano no escoamento da água em Goiânia. O estudo, realizado por Rodrigo Lima Santos no Programa de Pós-Graduação em Geografia (PPGeo), analisou três bacias hidrográficas de Goiânia: do Córrego Vaca Brava, do Córrego Quebra-Anzol e do Alto Córrego Macambira. O objetivo foi desenvolver um modelo de avaliação da condição hidrológica para pequenas bacias hidrográficas urbanas. A pesquisa foi orientada pela professora Fabrizia Gioppo Nunes.
Os resultados mostram que bacias hidrográficas com alto grau de modificação da cobertura da terra têm maior potencial de alteração dos processos hidrológicos, que, na maioria dos casos, são intensificados graças à ação humana. Isso pode agravar problemas hidrológicos urbanos, como inundações. Foi observado que, à medida que a malha urbana se expande, o tempo de concentração e a capacidade de infiltração diminuem, resultando no aumento da velocidade e do volume do escoamento superficial da água.
Modelagem
O estudo utilizou imagens de sensoriamento remoto e fotografias aéreas de diferentes anos. Os dados foram processados digitalmente e os pesquisadores também utilizaram técnicas de modelagem espacial para tentar prever o comportamento de fenômenos hidrológicos no espaço com base em padrões geoespaciais mapeados em anos anteriores.
"As conclusões obtidas têm o potencial de contribuir diretamente para a formulação de políticas públicas, como é o caso do atual Plano Diretor de Drenagem Urbana, que está sendo desenvolvido pela prefeitura de Goiânia em parceria com a UFG", acrescenta o pesquisador.
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