Evento em Goiânia alerta para sintomas da intolerância ao glúten

"Intitulado como Maio Verde, este mês é destinado à conscientização da doença celíaca, onde a gente traz informações e realiza eventos em prol de reunir essas pessoas, com o intuito de conscientizar a sociedade para que haja mais políticas públicas nessa área", ressalta a nutricionista Lays Serafim. 

 

O glúten, presente em alimentos como trigo, aveia, cevada, centeio e seus derivados, é o responsável pela caracterização da doença, que é uma condição autoimune na qual as células de defesa do corpo atacam as células saudáveis, resultando em inflamações. "Todas as pessoas que têm uma predisposição genética ou que consomem esses alimentos podem desenvolver essa doença", alerta a nutricionista. 

 

Sintomas e complicações

A intolerância ao glúten pode desencadear uma série de sintomas, que variam de leves a graves, afetando a qualidade de vida dos celíacos. Os sinais da doença diferem desde problemas digestivos até complicações em outros sistemas do corpo. Os mais comuns incluem cansaço, irritabilidade, falta de apetite, anemia persistente, osteoporose e até mesmo queda de cabelo. Segundo Lays, outros sinais podem também ser associados à doença, como diarreia, constipação, deficiência de nutrientes como vitamina B12 e vitamina D, déficit de crescimento, dificuldades de perda de peso ou ganho de peso excessivo.

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Além dessas características, a doença celíaca pode desencadear danos ao intestino delgado e problemas de saúde em longo prazo como a diabetes tipo 1. "Diante desses riscos, é fundamental que as pessoas estejam cientes dos sintomas da doença, e busquem orientação de um profissional se apresentar sinais de alerta", frisa Lays. Em casos mais sérios, essa condição pode levar à formação de tumores. 

 

Embora a forma clássica da doença seja identificada desde a infância, muitos casos são diagnosticados em adultos, o que ressalta a importância da realização de exames em familiares de celíacos para eliminar suspeitas. "Existem também aquelas pessoas com sintomas atípicos, que necessariamente não vai se pensar, primeiramente, em uma doença intestinal, como, por exemplo, as dermatites que estão presentes na doença celíaca, que é algo presente na pele. Muitas pessoas só têm esse sintoma", explica a nutricionista. 

 

Tratamento e substitutos

Mesmo que não exista cura para a doença celíaca, a exclusão completa do glúten da dieta é fundamental para o bem-estar dos pacientes. "Felizmente, hoje há uma variedade de substitutos de farinha de trigo como amido de milho, farinha de arroz e mandioca. Além disso, produtos específicos sem glúten estão cada vez mais acessíveis nos supermercados, garantindo opções seguras para os celíacos. O diagnóstico precoce e a adoção de uma dieta livre de glúten são essenciais para controlar a doença e prevenir complicações", finaliza Lays.