A Redação
Goiânia - A Prefeitura de Goiânia, por meio da Secretaria Municipal de Mobilidade (SMM), anunciou, nesta segunda-feira (6/5), que já começou a instalação de 25 faixas de pedestres diferentes: ao invés de serem niveladas com o asfalto, os dispositivos são elevados até a altura da calçada, o que obriga que o condutor reduza a velocidade - mesmo sem a intenção de parar. Assim, a sinalização garante a proteção de quem atravessa a via, evita acidentes e mantém o trânsito organizado para todos os usuários.
O anúncio, que contempla entradas principais de unidades de saúdes e creches de Goiânia, vem seguido de um balanço que apontou que os atropelamentos de pedestres no País subiram 13% entre de junho de 2022 e janeiro de 2023. Somente em Goiás, que apresenta a pior situação do Brasil, foram 6.402 internações por atropelamentos no primeiro semestre de 2023, um aumento de 21,36% do mesmo período de 2022.
De acordo com o levantamento, baseado em dados do Ministério de Saúde e do Sistema Único de Saúde (SUS), elaborado pela Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet), os idosos que andam a pé estão vulneráveis aos riscos de acidentes. O estudo aponta que no primeiro semestre de 2023, em relação ao mesmo período de 2022, houve um aumento de 37,9% das internações de pessoas na faixa de 60 a 69 anos por acidentes nas ruas. A faixa dos 70 aos 79 anos e de 80 anos ou mais também apresentaram aumentos significativos de 26,6% e 34,2%, respectivamente.
Já entre os jovens e adultos, a faixa dos 50 aos 59 anos registrou um aumento de 21%. Os grupos de 15 a 19, de 30 a 39, e 40 a 49 anos também viram aumentos, respectivamente, de 9,4%, 9,9% e 9,9%. O grupo de 20 a 29 anos teve aumento de 1,5%.
Velocidade
Aliado aos dados nacionais, a SMM informa que, nos últimos dois anos, as multas por excesso de velocidade em Goiânia chegaram a quase meio milhão: 469.266 em 2022, 441.281 em 2023 e 164.976 até o dia 15 de abril deste ano, todas registradas por meio de equipamento eletrônico.
De acordo com o secretário de Mobilidade, Marcelo Torrubia, um dos motivos para que o condutor transite acima da velocidade permitida é a falta de planejamento no horário de saída. “Muitas vezes a pessoa sai atrasada para o compromisso e quer tirar esse atraso no acelerador. E culminado a isso, tem o fato do motorista não optar por rotas que favoreçam o deslocamento, seguindo o mesmo trajeto, sem a rota alternativa”, explica.
Marcelo destaca ainda que a falta de condição de avaliação dos riscos que essa postura no trânsito pode acarretar. “O condutor tem a certeza que tem o controle total do veículo e poderá reduzir a qualquer momento, e isso é algo que não acontece. Isso acaba culminando no número de infrações e acidentes graves ocorrendo sinistro de trânsito”, diz.
Todas as infrações desse tipo são registradas em vias sinalizadas verticalmente, horizontalmente e com equipamentos eletrônicos; semáforos e redutores de velocidade. "Não há autuações em ruas sem sinalização. O controle da gestão de velocidade é feito por equipamento eletrônico. Não basta sinalizar a via, o condutor tem que ter consciência ao volante”, afirma.
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Ao invés de serem niveladas com o asfalto, as faixas elevadas acompanham a altura da calçada, o que obriga que o condutor reduza a velocidade. (Foto: Prefeitura de Goiânia) 
