Michelle Rabelo
Goiânia - Em meio ao imbróglio de terceirização da limpeza urbana de Goiânia, o que inclui a falta de uma data definitiva para que o Consórcio Limpa Gyn assuma parte do serviço da Companhia Municipal de Urbanização de Goiânia (Comurg), as reclamações acerca da sujeira em vários pontos da capital seguem se acumulando - exatamente como o lixo e o entulho. Tem sido assim, por exemplo, no Setor Sul, onde comerciantes voltaram a se queixar da situação das calçadas e ruas dos bairros, que estão tomadas por resíduos sólidos.
Um grupo de comerciantes da rua 101, área que engloba a Avenida 85, o Tribunal de Justiça de Goiás, o Bosque dos Buritis e a Praça Tamandaré, denuncia que há muito tempo não existe uma rotina de coleta. "O caminhão quase não passa por aqui. Há mais de um ano a coleta ocorre uma vez por mês, além de quando a gente reclama", desabafa um empresário que tem um negócio no local há 20 anos. "Goiânia está virando um lixão".
Desta vez, o grupo de comerciantes destaca que a situação tem piorado por conta das chuvas. "Os locais estão se transformando em depósito para roedores e grande atrativo para a proliferação do Aedes aegypti", ressalta um deles, fazendo referência ao transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya.
Resposta
No final de janeiro, diante de uma outra denúncia a Comurg destacou, em nota, que o entulho havia sido descartado irregularmente, com boa parte podendo ter sido destinado à coleta seletiva. Na ocasião, a companhia se comprometeu a providenciar o recolhimento, mas não foi informado um prazo para realização do serviço.
A nota também reforçava que “com a entrada em serviço de 15 novos caminhões compactadores, a ideia era trabalhar no sentido de colocar em dia a coleta orgânica em toda a capital".