A Redação
Goiânia - Aproveitando o Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta sexta-feira (8/3), a Guarda Civil Metropolitana (GCM) divulgou um levantamento que mostra que a
Patrulha Mulher Mais Segura, iniciativa que atua fiscalizando o cumprimento de medidas protetivas de urgência expedidas pelo Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJGO), iniciou o mês de março com mais de 1,3 mil cadastros. Desde sua criação, há pouco mais de cinco anos, o atendimento já beneficiou
mais de 3,5 mil vítimas de violência doméstica.
Segundo a GCM, o trabalho é feito por uma equipe especializada formada por 24 integrantes da corporação, capacitados por meio de cursos voltados a ações de combate à violência contra as mulheres. O atendimento é feito por meio de visitas contínuas às mulheres e no caso de descumprimento da medida protetiva pelo agressor o TJGO é comunicado para que aplique as penas cabíveis, incluindo pedido de detenção.
O levantamento da GCM reforça um trabalho realizado pela Prefeitura de Goiânia na implementação de uma série de medidas com objetivo de enfrentar a violência doméstica e proteger as mulheres em situação de vulnerabilidade. Entre as iniciativas se destacam ainda o Botão do Pânico e a Casa Abrigo Sempre Viva.
Emergência
Lançado em março de 2022, o Botão do Pânico é um dispositivo de segurança que permite que as vítimas acionem ajuda emergencial com apenas um clique, enviando automaticamente um alerta para a GCM. A ferramenta, que está localizada dentro do aplicativo Prefeitura 24h, tem atualmente 876 mulheres cadastradas.
Para poder usar o mecanismo, as mulheres vítimas de agressão precisam contar com medida protetiva emitida pelo Judiciário e ser atendida pela Patrulha Mulher Mais Segura. Quando o botão é pressionado no aplicativo, os guardas escalados para essas ocorrências recebem automaticamente os dados da vítima cadastrada no sistema e do agressor, e vão prontos para lidar com a situação.
Casa Abrigo
Outra ferramenta disponibilizada pela Prefeitura é a Casa Abrigo Sempre Viva, que oferece suporte às mulheres que precisam de segurança e acolhimento. O local funciona 24 horas por dia e o acesso à unidade ocorre mediante encaminhamento das Delegacias Especializadas de Atendimento à Mulher (Deam). Antes do ingresso na casa, as mulheres passam por escutas e triagens, garantindo que a intervenção seja eficaz e dirigida às necessidades específicas de cada caso.
“O trabalho no local é desenvolvido de forma que as abrigadas conheçam os seus direitos, ampliem a consciência sobre relacionamentos afetivos saudáveis e retomem suas vidas seguras e, se possível, já inseridas no mercado de trabalho, explica a secretária da Mulher, Kátia Hyodo. “As crianças possuem prioridade de vagas nos Centros Municipais de Ensino Infantil (Cmeis), assim como os adolescentes no ensino fundamental e médio, onde são acompanhados nestas instituições pelo período de permanência na casa abrigo”, completa.
O período de permanência é inicialmente estabelecido em 90 dias, podendo ser prorrogado conforme avaliação da equipe interdisciplinar, que leva em consideração a evolução do quadro e as necessidades de cada mulher. A localização é mantida em sigilo absoluto, visando à segurança das mulheres acolhidas.
(Foto: Divulgação Prefeitura de Goiânia)
