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Ele será substituído por Luciana Lauria | 15.02.24 - 22:20
(Foto: Reprodução Twitter) São Paulo - O criminalista Marcelo Bessa, que representa o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, e coordenava a defesa de Jair Bolsonaro em diversas investigações no Supremo Tribunal Federal (STF), renunciou, nesta quinta-feira (15/2), aos processos envolvendo o ex-presidente. Tudo por conta do parecer do ministro Alexandre de Moraes, que veta o contato direto entre os investigados na Operação Tempus Veritatis, o que inclui conversas por meio de seus advogados.
A medida é padrão em investigações criminais para evitar, por exemplo, tentativas de combinar versões ou de obstruir o trabalho da polícia. Os advogados de Bolsonaro alegam, no entanto, que ele é o principal cabo eleitoral do partido e que a restrição prejudica as articulações para as eleições municipais de 2024. O documento afirma que a decisão "compromete não apenas a atividade política partidária, mas também a essência do debate democrático".
Marcelo Bessa
O advogado atuava em inquéritos como o das milícias digitais, das fake news sobre vacinação e sobre o vazamento de dados do ataque hacker aos sistemas da Justiça Eleitoral. Ele será substituído pela advogada Luciana Lauria Lopes.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) afirma que a decisão de Alexandre de Moraes de impedir o contato dos advogados viola as prerrogativas da classe e o direito de defesa dos investigados. A entidade acionou o STF para tentar reverter a restrição.
Os outros advogados de Bolsonaro pediram que o inquérito seja redistribuído e que as decisões tomadas pelo ministro sejam anuladas por falta de imparcialidade.
A Polícia Federal (PF) descobriu que Moraes foi monitorado clandestinamente e que aliados próximos de Bolsonaro envolvidos na trama golpistas queriam a prisão do ministro. A chance do recurso prosperar é pequena. O STF já validou a atuação de ministros em situações semelhantes, como no caso do ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ). (Agência Estado)