A Redação
Goiânia - O Movimento pela Defesa da Língua Portuguesa no Concurso Nacional Unificado (CNU) ganhou o apoio da Ordem dos Advogados do Brasil - Seção de Goiás (OAB-GO). Conselheiro seccional e decano da Ordem em Goiás, Carlos André leu a carta aberta sobre o tema durante a sessão plenária, realizada nesta semana.
O presidente da OAB-GO, Rafael Lara, acatou prontamente o pedido de apoio, ressaltando a importância da defesa da língua portuguesa no certame. O texto sublinha a inquietação diante da exclusão da disciplina de sete dos oito editais do CNU, considerado o maior processo seletivo já realizado no âmbito do governo federal do Brasil.
Segundo Carlos André, a OAB é a casa da cidadania, que tem por finalidade a defesa da Constituição e do aperfeiçoamento da cultura da República. Desta forma, a ausência da Língua Portuguesa no maior concurso da história do país é altamente prejudicial à cultura e, consequentemente, à qualidade comunicacional dos futuros servidores públicos brasileiros.
“A OAB deve liderar, por meio de diálogo com as autoridades competentes e por meio de ações, estratégias que visem a corrigir esse equívoco de política pública. A exclusão da disciplina é um retrocesso grave, que não se limita apenas à importância da necessidade de compreensão profunda da população sobre a riqueza linguística como um elemento que nos torna um só povo, mas também pela proficiência comunicativa do cidadão brasileiro”, apontou Carlos.
Carta Aberta
A carta em questão foi elaborada pela Frente Nacional pela Defesa da Língua Portuguesa, um movimento engajado na promoção e preservação do idioma nacional no cenário educacional e cultural do Brasil. Esse movimento é composto por renomados profissionais, entre eles os professores Carlos André, Rodrigo Bezerra e Fernando Pestana.
O texto ainda destaca a importância da Língua Portuguesa como símbolo da nação, conforme previsto no Art. 13 da Constituição Federal, e a ausência dessa disciplina nos editais do CNU é apontada como catalisadora de desestímulo linguístico. O documento faz um apelo às autoridades responsáveis para reverem essa decisão, ressaltando que a língua materna desempenha um papel central na promoção da unidade nacional e no fortalecimento do tecido social.
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