Desde o início do segundo mandato em Goiás, Caiado tem intensificado o discurso de medidas mais duras na segurança pública, além de defender a política de tolerância zero com o crime. "Em Goiás a regra é clara: bandido não tem vez. Ou muda de profissão, ou muda de estado", defendeu em uma medida combativa contra a criminalidade.
Tais declarações têm, de certa forma, contribuído para o avanço da popularidade do gestor estadual, que, em pesquisa realizada em 2023, foi considerado o governador "mais bem avaliado" no país. O chefe do Executivo goiano chegou a ser mencionado pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), como referência na segurança estadual.
O Estado tem registrado quedas em todos os indicadores de criminalidade desde 2019, quando Caiado assumiu seu primeiro mandato como governador. O número de homicídios dolosos caiu pela metade em 2023 na comparação com 2018, segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP-GO).
Casos de roubo de veículos, por exemplo, caíram 89,8% se comparado com 2018. Já crimes de furto e roubo a transeunte apresentaram queda de 85,8% e 83%, respectivamente, ainda conforme dados da SSP. O crime de latrocínio, que é o roubo seguido de morte, caiu 86,7%.
Ao fazer a análise do cenário em Goiás, Caiado tem mencionado a realidade de outros estados e também países. “O Equador, por exemplo, está em estado de guerra”, destacou sobre o conflito interno que envolve facções criminosas. “O prefeito do Rio de Janeiro [Eduardo Paes] disse que não pode iniciar as obras em um parque porque as facções exigem um pagamento de R$ 500 mil”, continuou ao citar, ainda, o avanço de narcotraficantes na Amazônia. “Outros governadores não governam seu território, só parte dele", analisou o goiano.