A Redação
Goiânia - Respeitando um intervalo de sete a dez dias, os goianos devem refazer a vistorias residencial na busca por focos do Aedes aegypti. A orientação, divulgada nesta segunda-feira (29/1), é da Secretaria de Estado da Saúde (SES-GO) e tem como base o
tempo necessário para que ovos depositados pela fêmea do mosquito se tornem insetos adultos. A preocupação da pasta se justifica pelo aumento de casos de dengue, zika e chikungunya
em Goiás.
“Entre a fêmea depositar o ovo e esse ovo se transformar em mosquito adulto, leva-se em média de sete a dez dias. Então, se eliminarmos esse ovo uma vez por semana, impediremos o nascimento de novos mosquitos”, explica a superintendente de Vigilância em Saúde da SES, Flúvia Amorim, ao informar que, só no primeiro mês de 2024 registrou-se 6.891 casos de dengue - 10% a mais do que o mesmo período do ano passado.
Flúvia explica que o uso do fumacê - inseticida que é borrifado no ar - somente mata o inseto adulto e que a destruição dos criadouros é a principal forma de controle das doenças. “Além disso, o fumacê tem uma eficácia muito baixa, porque a maioria das nossas casas tem muros altos, com muitas árvores e plantas, o que faz com que a quantidade de veneno que alcança o mosquito seja muito pequena”, esclarece. Em algumas situações, também se utiliza a estratégia de uso de bomba costal, quando agentes adentram em terrenos para borrifar inseticida em áreas externas às casas.
Além de contar com a mobilização da população, o Governo de Goiás ofereceu aos 246 municípios goianos a estratégia dos Gabinetes Contra a Dengue. A análise de dados permite que se estabeleça quais serão os municípios prioritários para receber maior apoio das SES, na vigilância, na assistência ou no controle ao vetor.