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duplo homicídio

Mulher presa em Goiânia por envenenar família do ex nega todos os crimes

Suspeita não liberou acesso a celular pessoal | 21.12.23 - 12:07 Mulher presa em Goiânia por envenenar família do ex nega todos os crimes (Foto: reprodução)José Abrão
 
Goiânia –  Presa em Goiânia na quarta-feira (20/12) suspeita de ter matado o ex-sogro e a mãe dele por envenenamento, a advogada Amanda Partata negou aos policiais da Delegacia de Investigação de Homicídios (DIH) ter cometido qualquer crime. O envenamento teria ocorrido no domingo (17/12), sendo que as vítimas morreram horas depois. De acordo com as investigações, o crime teria sido premeditado e, segundo o delegado Carlos Alfama, foi motivado porque a suspeita não aceitava o fim do relaciomento com Leonardo, filho e neto das vítimas. Além de negar participação nas mortes, Amanda também nega ter perseguido e ameaçado o ex-namorado e seus familiares por meio de ligações e das redes sociais. A Polícia Civil, no entanto, reuniu provas das ameaças. 
 
Segundo a Polícia Civil, Amanda não está colaborando com a investigação. O delegado informou que o celular da suspeita segue bloqueado, já que ela se recusou a permitir o acesso dos investigadores mesmo negando ter cometido qualquer crime. "O aparelho será periciado", diz o delegado. 
 
Entenda o caso
A advogada Amanda Partata é suspeita de ter matado o ex-sogro e a mãe dele. As investigações apontam que ela teria praticado o crime como forma de atingir o ex-namorado, já que ela não aceitava o fim do relacionamento de pouco mais de 1 mês. Ainda de acordo com as investigações, Amanda, inclusive, criou perfis falsos para ameaçar o ex e teria, inclusive, mentido que estava grávida na tentativa de reatar o relacionamento.
 
Leonardo Pereira Alves, de 58 anos, e Luzia Tereza Alves, de 86 anos, mãe e filho, morreram em Goiânia entre domingo e segunda-feira (18/12) vítimas de envenenamento após consumirem alimentos comprados por Amanda. Em um primeiro momento, a suspeita foi de que eles tivessem sofrido uma intoxicação alimentar causada por alimentos contaminados de uma famosa doceria de Goiânia. A polícia excluiu qualquer relação com a doceria. “A injustiça direta de um crime é contra a vítima, mas houve uma injustiça grande contra a doceria. É uma empresa séria, responsável, que colaborou totalmente com todos os pontos da investigação”, garante Alfama.
 
Por uma questão técnica, os policiais acreditam que o veneno tenha sido ministrado no suco, pois é mais fácil dissolver o produto no líquido. A motivação, na avaliação da polícia, está ligada ao fato de Amanda não aceitar o término do namoro. Ela poderá responder por duplo homicídio duplamente qualificado. 

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