Brasília - O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), revogou nesta quarta-feira (22/11) a prisão de quatro réus dos atos golpistas do dia 8 de janeiro. A decisão ocorre dois dias após um outro réu morrer no Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília.
A Procuradoria-Geral da República (PGR) havia se manifestado pela soltura desses quatro réus, entre agosto e outubro, mas o pedido ainda não havia sido analisado por Moraes. Os beneficiados pelas decisões foram Jaime Junkes, Jairo Costa, Tiago Ferreira e Wellington Firmino.
A mesma situação ocorreu com Cleriston Pereira da Cunha, que teve um "mal súbito" na segunda-feira (20). A PGR já havia concordado com um pedido de liberdade apresentado pela defesa, mas não houve decisão de Moraes.
Após o caso, o ministro determinou que a direção do presídio envie informações sobre caso. Nesta quarta-feira, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, lamentou o episódio e prestou solidariedade à família.
Após a morte de Cunha, Moraes foi alvo de críticas de parlamentares da oposição, que enviaram ao ministro um ofício cobranso a liberação dos demais presos com parecer favorável. O deputado federal Marcel van Hattem (Novo-RS), um dos que assinou o deputado, afirmou que é "lamentável e revoltante" que uma morte precisou ocorrer para que os demais fossem soltos, mas considerou que "felizmente a mobilização dos parlamentares na Câmara dos Deputados e no Senado deu resultado".
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