A Redação
Goiânia - Representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego) realizaram nesta sexta-feira (6/10) uma assembleia em frente à Câmara Municipal e decidiram manter a greve dos servidores da rede municipal de ensino de Goiânia. A paralisação começou na segunda-feira (2/10). Na pauta de reivindicações, conforme pontua a categoria, estão reajuste salarial, equiparação do auxílio locomoção, o pagamento do reajuste da data-base 2023 e o Novo Plano de Carreira.
A decisão de manter a greve foi tomada após declarações do prefeito de Goiânia, Rogério Cruz, que pontuou que o município enfrenta queda na arrecadação, sinalizando que não será possível atender às reivindicações. "A greve é legal, aceitável e precisa ser respeitada. Mas é necessário entender que o município vem sofrendo muito com a queda de arrecadação. O que podemos fazer, neste momento, é acatar a determinação do governo federal, pagando o piso nacional e cumprindo o que diz a Lei de Responsabilidade Fiscal", argumentou o prefeito Rogério Cruz. A alegação foi feita durante coletiva de apresentação da agenda em comemoração aos 90 anos de Goiânia, na manhã desta sexta-feira (6/10). Mas, apesar de fugir do tema, a imprensa fez questão de questionar o andamento das negociações entre a gestão municipal e a categoria.
A paralisação é feita por funcionários da área administrativa, incluindo responsáveis pela merenda e pela limpeza de unidades de ensino. De acordo com o Sintego, A greve impacta o funcionamento de alguns Centro Municipais de Educação Infantil (Cmeis), já que faltam servidores.
Proposta
Ainda durante a coletiva desta sexta-feira (6/10), Rogério Cruz afirmou que a proposta é que a data-base seja paga em dezembro e que "os outros pedidos sejam discutidos em outro momento". "A adesão ao movimento não chega a 10% dos professores. Nenhuma criança está sendo prejudicada. Todas estão dentro das salas de aula, o que demonstra que a negociação pode esperar", completou.
O Sintego, no entanto, alega que "a falta de uma proposta concreta por parte do Paço Municipal, fortalece o movimento e aumenta a insatisfação da categoria".
"A luta continua e nós contamos o apoio e empenho de todos/as os/as vereadores/as para atuarem junto a nós, na tentativa de abrir diálogo junto ao Paço Municipal. Nossa mobilização segue nas redes sociais e a direção do Sintego estará de forma presencial, na Prefeitura, buscando audiência com o prefeito para que ele ouça e dê respostas ao clamor dos/as Administrativos/as da Educação", disse a presidente do Sindicato, Bia de Lima.