A Redação
Goiânia - O influenciador digital goiano João Vitor de Paiva Bittencourt foi escolhido para ser o primeiro conselheiro jovem com deficiência do Unicef (Fundo das Nações Unidas para a Infância) no Brasil. A escolha decorre do trabalho dele nas redes sociais em defesa dos direitos das PCDs, contra o preconceito e o capacitismo. Atualmente são 20 conselheiros. JV, como também é conhecido, é o 21º. Junto com ele, entraram outros oito novos participantes, somando 27 no total.
João Vitor (@jvdepaiva), 22 anos, é o primeiro estudante de Educação Física da PUC Goiás com síndrome de down. Em poucos meses de trabalho com rede social, alcançou mais de 300 mil seguidores. O Instituto Mano Down, principal instituição da trissomia 21 no Brasil, o escolheu como um dos cinco mais importantes influenciadores com deficiência do País.
Na última semana, João Vitor recebeu homenagem na Câmara dos Deputados, em Brasília, durante sessão pela passagem do Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência. A homenagem foi proposta pelo deputado federal Carlos Duarte (PSB-MA) pelo “compromisso inabalável do influencer de Goiás com a promoção da inclusão, igualdade e dignidade das pessoas com deficiência intelectual e múltipla”.
O Conselho Consultivo de Adolescentes e Jovens do UNICEF no Brasil, o Conselho Jovem, foi criado para promover o diálogo direto com adolescentes e jovens. Trata-se, segundo a instituição, do reconhecimento da importância da voz e conhecimentos dos jovens, além de ser um mecanismo de fomento à participação cidadã.
Coordenado pelo Programa de Adolescentes, os e as conselheiros/as se reúnem mensalmente para apoiar reflexões e desenhos de estratégias e ações institucionais, além do engajamento de coletivos, redes e grupos de adolescentes em todo o Brasil.
O Conselho Jovem fortalece os valores e princípios do Unicef para avançar na participação e desenvolvimento de adolescentes por meio do diálogo propositivo. O grupo é composto de adolescentes e jovens com engajamento nas ações do UNICEF Brasil ou em outras organizações e coletivos, e é representativo da diversidade de identidades, territórios e questões que envolvem adolescentes em situação de vulnerabilidade em todo o país.
Num espaço seguro e livre de discriminações, adolescentes e jovens do semiárido brasileiro, do território amazônico, das periferias dos centros urbanos, com representantes LGBTQIA+, negras e negros, indígenas, migrantes, quilombolas, e, agora, pessoas com deficiência, participam de forma voluntária do Conselho, trazendo perspectivas para construir junto com o Unicef uma sociedade em que cada criança, cada adolescente tenha os direitos garantidos e respeitados.
João Vitor junta-se a Ana Carolina, tenho 18 anos, de Belém do Pará, Bia Louise; Bia Louise, de São Gonçalo do Amarante, no Ceará; Gabriel Silva Luciano, estudante de Direito da Ilha de Maré, em Salvador (BA); Gustavo, nordestino, paraibano; Jhonata Willyan, nordestino de Bodó, no interior do Rio Grande do Norte; Joana, indígena do povo truká, da Ilha de Assunção, território Indígena Truká, em Cabrobó, Pernambuco; Kauanne Patrocino, São Miguel Paulista, Zona Leste da cidade de São Paulo; Kluiber Leonardo Reinosa Farreras, migrante venezuelano, de Boa Vista, Roraima; Lays Sthefany da Silva dos Santos, cidade do Rio de Janeiro; Lucas Souza, da Baixada Santista, no Litoral Sul de São Paulo; Maria Estrela, território da Cidade Operária, na capital do Maranhão, São Luís; Maysa Cursino, de Taubaté, em São Paulo; Naely Vitória, do estado de Alagoas; Nishtha Rocha Teixeira, kilombola, da Comunidade Kilombola Morada da Paz – CoMPaz, em Triunfo, Rio Grande do Sul; Nivia Lima, 21 anos, Recife (PE); Ruan Pereira, 17 anos do município de Estância no estado de Sergipe; Sara Luize, do Nuca de Canarana, na Bahia; Sofia Iothi, Cariacica, no Espírito Santo; Thaís Hellen Sousa da Silva, Pacatuba, no Ceará; e Victor Delamerlini Rodrigues, de São Carlos, em São Paulo.