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"Novo Desenrola"

Governo estuda converter dívidas de empresas com a União em investimentos

Fala foi do presidente do BNDES | 25.08.23 - 21:05 Governo estuda converter dívidas de empresas com a União em investimentos (Foto: Agência Brasil)
São Paulo - O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Aloizio Mercadante, propôs nesta sexta-feira (25/8), a conversão de parte da dívida ativa de empresas com a União em investimentos. Durante fórum realizado no Guarujá, no litoral paulista, pelo grupo Esfera Brasil, ele disse que a ideia é oferecer às empresas algo parecido com o Desenrola, o programa federal direcionado a brasileiros que estão negativados em cadastros de crédito. "Quero propor outro Desenrola no Brasil, um Desenrola dos investimentos. Vamos transformar um pedaço da dívida ativa, que o Estado não consegue cobrar, em investimentos", sugeriu Mercadante.

Se o Desenrola Brasil tem como objetivo final permitir que as pessoas negativadas possam renegociar suas dívidas para voltar a contratar crédito e, assim, consumir, a intenção deste "outro Desenrola" é provocar o mesmo efeito nos investimentos do setor produtivo. A ideia obteve eco no Tribunal de Contas da União (TCU).

Presente no debate promovido pelo Esfera, o ministro e presidente do TCU, Bruno Dantas, questionou se o modelo atual de cobrança da dívida ativa é eficiente. "Temos de pensar em uma fórmula para resolver esse passivo", defendeu Dantas, acrescentando que atualmente a dívida ativa com a União é de aproximadamente R$ 2 trilhões. São recursos que, como o governo não consegue recuperar, deixam de entrar nos cofres do Tesouro.

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Após participar do painel, Mercadante disse que deixou o evento "bastante motivado" pelo respaldo do presidente do TCU, que terá papel-chave caso o programa avance. "O Estado não consegue cobrar, as empresas não pagam, mas têm de jogar esse passivo fiscal nos balanços, aumentando a dificuldade das empresas em se financiar. Todos perdem", argumentou o presidente do BNDES. "Em vez de continuar nesse impasse, temos de pensar o 'Desenrola Empresa' para também alavancar o investimento", acrescentou Mercadante, voltando a usar o programa de renegociação de dívidas das famílias como referência.

Durante a passagem pelo Guarujá, o presidente do BNDES disse ainda que o banco público está aumentando os desembolsos sem recorrer a subsídios do Tesouro. De acordo com Mercadante, a demanda por financiamentos do BNDES mais do que dobrou neste ano, alta de 137%, enquanto os desembolsos do banco subiram 31% no acumulado até julho. "Agosto já está mais forte do que julho", disse Mercadante ao deixar, com pressa, o fórum. (Agência Estado)

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