A Redação
Goiânia - O presidente da Federação das Indústrias de Goiás (Fieg), Sandro Mabel, afirmou que a escalada dos juros "dilapida os recursos públicos". A declaração ocorreu nesta quarta-feira (12/7) diante do cenário favorável à queda da taxa Selic, reforçada pela deflação de 0,08% observada em junho. "A persistência do Banco Central (BC) na atual política monetária mostra-se contraproducente e contrária aos interesses maiores do País. A preservação dessa política, de resto condenada por todos os setores, não tem mais cabimento", destacou.
De acordo com Mabel, o posicionamento do Banco Central tem drenado recursos vitais para a economia e para a sociedade em seu conjunto, atingindo setores essenciais para o futuro do País. "Os dados da Secretaria do Tesouro Nacional (STN) comprovam o disparate representado pela escalada das despesas com juros, que passaram a consumir praticamente R$ 600,25 bilhões nos 12 meses encerrados em maio deste ano apenas na área federal, crescendo nada menos do que 34,9% em relação aos 12 meses anteriores, num gasto adicional de R$ 155,38 bilhões", afirmou.
Para o presidente da Fieg, a política de juros estaria "tirando dinheiro que deveria ir para o investimento, para a construção de moradias para os mais pobres, para programas na área da saúde, construção de hospitais e para a infraestrutura".
Ainda segundo a nota. a Fieg e equipe jurídica estudam a possibilidade de propor a abertura de processo na esfera federal contra cada um dos diretores do BC. A ação, ainda a ser formatada, buscará imputar à diretoria da instituição a responsabilidade pelo que a federação entende como dilapidação dos recursos orçamentários, o que colocaria sob risco o próprio equilíbrio fiscal da União.
Em junho, a Fieg, sindicatos patronais da base industrial e sindicatos de trabalhadores assinaram manifesto dando início a uma campanha em defesa da derrubada imediata da taxa Selic, mantida em 13,75% pelo BC já há 12 meses. Os juros, nos níveis atuais, estão matando empregos, matando investimentos e paralisando a economia. Entendemos que passou da hora de o BC mudar sua política e essa mudança tem que ser imediata.