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Ciência

Cientistas da UEG participam de pesquisa que descobriu dois pseudoescorpiões

Animais foram encontrados em Pernambuco | 30.05.23 - 09:08 Cientistas da UEG participam de pesquisa que descobriu dois pseudoescorpiões (Foto: UEG)A Redação
 
Goiânia – Duas novas espécies de pseudoescorpiões descobertos na caverna Furna do Morcego, no Parque Nacional de Catimbau, em Pernambuco, pelo pesquisador Eder Barbier, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), foram estudados e confirmados pelo Laboratório de Ecologia Comportamental de Aracnídeos da Universidade Estadual de Goiás (UEG), sediado em Anápolis.
 
Os pseudoescorpiões são pequenos aracnídeos com 1,5 milímetro de tamanho. "Embora se pareçam com os escorpiões verdadeiros, por causa das pinças, os falsos escorpiões não possuem o pós-abdome e o aguilhão inoculador de veneno, além de serem muito menores. Eles se abrigam sob as cascas de árvores, em meio às folhas no chão de florestas e nas frestas de rochas em cavernas. Alimentam-se de pequenos invertebrados e são inofensivos às pessoas", explica o pesquisador Everton Tizo Pedroso, da UEG.
 
O pesquisador diz que esses predadores ajudam a controlar as populações de pequenos invertebrados que ocorrem nos diferentes ambientes. "O Brasil possui a quinta maior fauna de falsos escorpiões com 182 espécies (agora, 184). Apesar disso, a diversidade deste grupo é muito pouco conhecida para a maioria dos biomas brasileiros", salienta.
 
O estudo, de autoria do professor Dr. Everton Tizo, da UEG, do doutorando em Recursos Naturais do Cerrado da Universidade Estadual de Goiás (Renac/UEG), Edwin Dedoya-Roqueme, e dos professores doutores Eder Barbier, da Universidade Federal de Pernambuco, e André Felipe de Araújo Lira, da Universidade Federal de Campina Grande, foi publicado no último dia 23 de maio, em forma de artigo científico, intitulado "Two new cave-dwelling pseudoscorpion species (Arachnida: Pseudoscorpiones) from Northeastern Brazil" (Duas novas espécies de pseudoescorpiões cavernícolas (Arachnida: Pseudoscorpiones) do Nordeste do Brasil, em tradução livre), na Revista Zootaxa, importante periódico de taxonomia da Nova Zelândia.
 
Por serem fãs das obras icônicas de J.R.R. Tolkien, os pesquisadores deram às novas espécies os nomes de Gollum e Smaug, dois vilões famosos das histórias de O Hobbit e O Senhor dos Anéis. "A obra de Tolkien é muito elaborada e profunda e cria um enredo riquíssimo com uma trama muito inteligente e envolvente com dois personagens diferentes que são encontrados por Bilbo Bolseiro em dois momentos distintos da história, porém ambos se escondem em cavernas profundas, tornando-se vilões icônicos. O primeiro deles é Gollum, cuja história se estende para as obras de O Senhor dos Anéis, e o nome batizou a espécie Geogarypus gollumi; e o segundo é o terrível dragão Smaug, o Dourado (ou Smaug, o Terrível), que nomeou a espécie Progarypus smaugi", detalha o professor Everton Tizo.
 
Além de homenagearem a Tolkien, os pesquisadores dizem que as espécies representam uma expansão no conhecimento da fauna de falsos escorpiões do Brasil, especialmente trazendo ao conhecimento da comunidade acadêmica duas espécies que podem ser consideradas como ameaçadas de extinção. "As espécies, até o momento, não são conhecidas de outras localidades. Além disso, as cavernas são ambientes muito sensíveis às transformações antrópicas", relata Everton.
 
Participação da UEG
As espécies de pseudoescorpiões encontradas durante o estudo realizado pelo professor Dr. Eder Barbier, em Pernambuco, foram enviadas para o Laboratório de Ecologia Comportamental de Aracnídeos da UEG, que tem como foco principal conhecer a diversidade, a ecologia, o comportamento e a evolução dos pseudoescorpiões. No laboratório da UEG, os espécimes foram estudados e as espécies novas foram confirmadas. O estudo de microscopia dos espécimes também foi realizado no laboratório.
 
O professor Everton Tizo explica que hoje os espécimes obtidos no estudo integram a coleção biológica de pseudoescorpiões do Laboratório de Ecologia Comportamental de Aracnídeos, que atualmente recebe e preserva espécies de todos os biomas brasileiros e integra estudos com diferentes estados e universidades brasileiras

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