A Redação
Goiânia - “Sem dúvida, isso irá incentivar ainda mais as mulheres a buscarem seu espaço e ampliarem sua participação no mundo científico". É o que afirma a pesquisadora Carolina Horta Andrade, da Universidade Federal de Goiás (UFG), uma das ganhadoras do 5ª Prêmio Mulheres Brasileiras na Química. Ela venceu na categoria Líder Emergente, em premiação oferecida pela Sociedade Americana de Química (ACS, sigla em inglês), em parceria com a Sociedade Brasileira de Química (SBQ).
“É um grande orgulho receber o Prêmio Mulheres Brasileiras na Química, que reconhece não apenas meu trabalho de pesquisa, mas minha dedicação no apoio às nossas jovens cientistas”, destacou a cientista.
A cientista goiana de 38 anos coordena projeto mundial em parceria com países do BRICS (que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), na busca de fármacos contra a covid-19. Além disso, é especialista no campo da Química Medicinal Computacional e utilização de inteligência artificial para a busca de novos medicamentos para doenças como leishmaniose, esquistossomose, tuberculose, malária e Zika.
Como professora, ela ensina aproximadamente 40 estudantes de graduação femininas a cada ano. Até o momento, ela já orientou e auxiliou quase uma dúzia de mulheres que completaram com sucesso o mestrado ou doutorado em Ciências Farmacêuticas e Medicina Tropical.
Sobre o prêmio
O objetivo do Prêmio Mulheres Brasileiras na Química é promover justamente a igualdade de gênero em ciência, tecnologia, engenharia e matemática no país e avançar na compreensão do impacto da diversidade na pesquisa científica.
Também foram premiadas Ohara Augusto (Líder Acadêmica), da Universidade de São Paulo (USP), e Thais Guaratini (Líder Industrial), da empresa Lychnoflora. A premiação tem o apoio da C&EM (Chemical & Engineering News) e CAS (uma divisão da ACS). As vencedoras serão homenageadas em cerimônia no dia 2 de junho, em Maceió (AL), durante a 45ª Reunião Anual da SBQ.
“A cada ano, o Prêmio Mulheres Brasileiras na Química cresce em importância”, afirma o presidente da SBQ, Romeu C. Rocha Filho. “A qualidade das candidatas nas três categorias tem sido excepcionalmente alta, dificultando muito o trabalho das comissões de seleção. Na SBQ temos o prazer de prestigiar as conquistas dos vencedores de 2022”, completa.
“Este ano, o Prêmio Mulheres Brasileiras na Química chega à sua quinta edição e estou muito feliz em ver mais um trio de cientistas de destaque sendo reconhecido pela SBQ e ACS”, diz Bibiana Campos Seijo, editora-chefe da C&EN e vice-presidente do C&EN Media Group. “O Brasil é um país com uma rica diversidade cultural e enorme talento científico. Vamos aproveitar esta oportunidade para celebrar o seu capital científico como merece.”
Denise Ferreira, gerente nacional da CAS para o Brasil, acrescenta: “É uma honra reconhecer essas mulheres talentosas e observar o crescente interesse da comunidade ano após ano pelo prêmio. Sabemos que o Brasil tem profissionais femininas altamente qualificadas e estamos muito felizes em reconhecer sua contribuição para a ciência.”
Cada vencedora receberá US$ 2 mil (cerca de R$ 11 mil) em dinheiro, um SciFinder ID válido por 1 ano, assinatura gratuita da ACS por 3 anos e um certificado de prêmio e troféu.
Sobre a ACS e seus parceiros
A American Chemical Society (ACS) é uma organização sem fins lucrativos, licenciada pelo Congresso dos EUA. A missão da ACS é promover o empreendimento químico mais amplo e seus profissionais para o benefício do planeta e de sua população.
A Sociedade é líder global no fornecimento de acesso a informações e pesquisas relacionadas à química por meio de várias soluções de pesquisa, periódicos revisados por parceiros, conferências científicas, e-books e periódicos semanais de notícias sobre Química e Engenharia.
Como especialista em soluções de informação científica (incluindo SciFinder® e STN®), sua divisão CAS capacita pesquisa, descoberta e inovação global. Os escritórios principais da ACS estão em Washington, D.C. e Columbus, Ohio.