Mônica Parreira
Atualizada às 10h30
Goiânia - O policial federal Lucas Valença, que ficou conhecido como "Hipster da Federal", foi morto na noite de quarta-feira (2/3) em Buritinópolis, no interior de Goiás. Segundo a Polícia Civil, ele levou um tiro após invadir uma propriedade rural. No local estavam um casal e uma criança de três anos.
Testemunhas disseram à polícia que Lucas teria tido um "surto", e que ele se aproximou da casa aos gritos. Na sequência, desligou a força de energia. Consta no boletim de ocorrência que o proprietário do imóvel pediu para que ele saísse, mas acabou arrombando a porta. Nesse momento, Lucas foi atingido por um disparo de arma de fogo. Ele não resistiu ao ferimento.
O caso foi registrado na delegacia de Posse. Ao delegado Adriano Jaime, o autor do disparo afirmou que Lucas teria ameaçado a família de morte: "Saiam todos da casa. Senão, vou entrar e matar". O morador utilizou uma arma de pressão modificada para calibre 22. Foi preso por posse irregular de arma de fogo, mas pagou fiança e acabou liberado na sequência.
"O homicídio será apurado por meio de inquérito policial já que, pelas circunstâncias do fato, seria por legítima defesa", indicou o delegado.
Lucas ficou famoso nas redes sociais em 2016, quando integrou a equipe que conduziu o ex-deputado Eduardo Cunha ao avião que o levou preso de Brasília (DF) para Curitiba (PR). O policial chamou a atenção por sua aparência física, com cabelo amarrado em coque e barba grande, o que motivou o apelido de "Hipster da Federal".