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Entidade disse que vai se manifestar hoje | 11.01.22 - 11:16
De acordo com Flávio Alves, as entidades ligadas à UFG devem se manifestar no Campus Samambaia e por meio de nota ainda hoje (Foto: Reprodução/YouTube)Augusto Diniz
Goiânia - O diretor presidente do Sindicato dos Docentes das Universidades Federais de Goiás (Adufg), Flávio Alves da Silva, disse ao jornal A Redação que a nomeação no Diário Oficial da União nesta terça-feira (11/1) da terceira colocada para assumir a reitoria da UFG foi um "desrespeito à autonomia da universidade". "A professora Angelita [Pereira de Lima] é muito respeitada na instituição, não queremos que ela abra mão para o governo indicar um reitor interventor na UFG. Mas o que se esperava era a nomeação da primeira colocada, da professora Sandramara [Matias Chaves]."
De acordo com Flávio Alves, as entidades ligadas à UFG devem se manifestar no Campus Samambaia e por meio de nota ainda hoje sobre a decisão do Ministério da Educação (MEC) e do presidente Jair Bolsonaro (PL) de não respeitar a autonomia do Conselho Universitário da Universidade Federal de Goiás, que elegeu Sandramara como a mais votada da lista tríplice em 2021 com "mais de 95% dos votos".
Sandramara, vice-reitora da UFG na gestão Edward Madureira (2018-2021), recebeu 60 dos 63 votos. A escolhida pelo governo federal para o cargo de reitora, Angelita Pereira de Lima, diretora da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC-UFG), teve apenas um voto. Ficou atrás da segunda colocada, Karla Emmanuela Ribeiro Hora, diretora da Escola de Engenharia Civil e Ambiental (EECA-UFG), que recebeu dois votos.
Para o diretor presidente do Adufg, a decisão do governo Bolsonaro deixou o sindicato "bem perplexo". "Esperávamos que fosse nomeada a professora Sandramara, a pessoa que foi eleita na consulta que as entidades realizaram nos três segmentos: docentes, técnicos e estudantes." Na consulta pública à UFG, Sandramara recebeu 3.629 votos, o que representa ´64,3% da votação. Depois, a vice-reitora obteve 60 dos 63 votos no Conselho Universitário da instituição e encabeçou a lista tríplice encaminhada ao MEC e ao presidente da República.
Interferência
"Infelizmente, o governo vem fazendo essa confusão no Brasil inteiro dentro das universidades, abrindo essa discordância. Aqui na UFG chegou a hora, infelizmente", lamentou a decisão de Bolsonaro e do MEC o diretor presidente do Adufg.
Ao final da entrevista concedida ao AR, Flávio Alves informou que as entidades que representam a UFG irão se reunir e definir uma manifestação, que deve ocorrer ainda nesta terça-feira (11/1), para pedir a nomeação da primeira colocada na lista tríplice para o cargo de reitora da universidade. "Defendemos que se reverta a decisão e seja escolhida a pessoa eleita por nós", pontuou.