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Operação Monte Carlo

Testemunhas do caso Cachoeira prestam depoimento

| 24.07.12 - 10:21

A Redação
Fotos: André Saddi


Começou às 9h15 desta terça-feira (24/7) a primeira audiência de instrução para o julgamento de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e de outras sete pessoas suspeitas de fazer parte de organização criminosa. Na sessão, que ocorre no prédio da Justiça Federal, em Goiânia, o juiz Alderico Rocha Santos, da 11ª vara, ouve as testemunhas de acusação e de defesa do processo, que é resultado da operação Monte Carlo, em que 81 pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal.

No início da sessão, os advogados dos réus solicitaram que a sessão fosse adiada, mas o pedido foi negado pelo juiz. A advogada de Cachoeira, Dora Cavalcanti, sustenta que as diligências solicitadas pela defesa não foram cumpridas integralmente. Já Leonardo Gagno, que defende o sargento aposentado Idalberto Matias e o empresário Jose Olímpio Queiroga, questionou o direito à ampla defesa.
 
O juiz deve ouvir hoje quatro testemunhas de acusação e outras dez testemunhas da defesa. Amanhã, (25), o juiz Alderico Rocha Santos vai ouvir os réus.
 
Cerca de 80 pessoas, entre policiais e agentes carcerários da PF foram mobilizadas para os dois dias de audiência no prédio da Justiça Federal, na Rua 19 no Centro. Segundo um dos policiais que participou de reunião com a equipe, um grupo de policiais saiu do prédio da PF às 6h para montar esquema de segurança. 
 
Cachoeira, que vai acompanhar os depoimentos, chegou no prédio da Justiça Federal às 8 horas. Ele foi transportado da sede da PF em comboio. O itinerário, de cerca de 3 km, não foi revelado por questões de segurança. Cachoeira foi transferido do presídio da Papuda, em Brasília, para Goiânia na segunda-feira (23),  passou no Instituto Médico Legal (IML) para fazer exame de corpo de delito e foi para a superintendência da Polícia Federal. 
 
Cachoeira também recebeu a visita do seu psquiatra, Antônio Frota, que ficou na cela por cerca de meia hora. Segundo Augusto Botelho, o empresário não dorme e, entre antidepressivo e asiolíticos, toma quatro remédios: Rivotril, Frontal, Frontal RX e Pondera. Depressão, explicou o advogado, é uma das patologias que Cachoeira apresenta.
 
A mulher do contraventor, Andressa Mendonça, também foi ao prédio da PF, mas não pôde visitá-lo. A polícia autoriza visita de familiares de presos somente nas quinta-feiras. A esposa escreveu um bilhete e repassou para Carlos Cachoeira, por meio do advogado. 
 
Defesa 
A exemplo da defesa do ex-senador Demóstenes Torres (sem partido), advogados do empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, adiantaram que tentarão contestar a legalidade das provas colhidas pela operação Monte Carlo da Polícia Federal (PF). Uma das principais alegações da defesa será quanto a autorização para as escutas telefônicas de Cachoeira e seu grupo.
 
A maioria das provas da operação Monte Carlo é composta por grampos telefônicos em que Cachoeira está envolvido. O objetivo inicial da investigação era desmantelar a exploração de jogos de azar em Goiânia e cidades da região do Entorno do Distrito Federal, como Valparaíso de Goiás.
  
Nas audiências, os advogados irão contestar a autorização das escutas. Um dos argumentos é que as investigações começaram em Valparaíso de Goiás e contaram com o apoio da PF do Distrito Federal. Os promotores da região do Entorno temiam que os policiais militares, civis e federais envolvidos pudessem ser avisados da investigação se os trabalhos fossem comandados pela superintendência da PF em Goiás.

Leia mais: 
Defesa de Cachoeira tentará contestar grampos da PF


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