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Pesquisa foi publicada em revista estrangeira | 20.10.21 - 19:44
(Foto: divulgação)A Redação
Goiânia – O estudo intitulado "Secondary household transmission of Sars-CoV-2 among children and adolescents: Clinical and epidemiological aspects" produzido pela Universidade Federal de Goiás (UFG) avaliou entre os meses de março e outubro de 2020 a taxa de ataque secundário em 267 crianças e adolescentes de 5 a 19 anos em contato domiciliar com trabalhadores de atividades essenciais infectados pelo vírus Sars-CoV-2, descrevendo dados clínicos e epidemiológicos associados.
Os pesquisadores observaram que uma em cada quatro crianças e adolescentes foram positivas para o Sars-CoV-2. Os sinais e sintomas clínicos que foram preditores da covid-19 na amostra foram febre, congestão nasal, diminuição do apetite, náusea, diminuição do paladar e do olfato. Verificou-se ainda que famílias que possuíam mais de um adulto infectado no domicílio, apresentaram maior transmissibilidade do Sars-CoV-2 para crianças e adolescentes.
Os resultados contribuem para a hipótese de que, durante um período de distanciamento social e fechamento de escolas, crianças e adolescentes não foram fontes importantes de transmissão da Sars-CoV-2 no ambiente domiciliar; embora sejam suscetíveis à infecção no domicílio por meio do contato com adultos infectados.
O estudo faz parte do projeto Tenda Triagem Covid-19 da Faculdade de Enfermagem da UFG que apresenta o objetivo geral de realizar a triagem, diagnóstico e acompanhamento de trabalhadores de atividades essenciais, como profissionais de saúde e segurança pública, com sintomas da covid-19. O projeto, que se encontra atualmente em seu formato itinerante, já realizou mais de 7 mil testes moleculares no seu público-alvo. Inicialmente planejado para atender adultos, o projeto passou a incluir crianças e adolescentes contactantes dos casos positivos em parceria com o Departamento de Pediatria da UFG.
O estudo publicado poderá contribuir para políticas públicas e adoção de medidas de prevenção da infecção pelo Sars-CoV-2 em crianças e adolescentes no Brasil.