A Redação
Goiânia - O gasto com a alimentação do gado aparece como o item que mais impacta a variação do Índice de Insumos para a Produção de Leite Cru em Goiás (ILC). O ILC foi calculado pela primeira vez no mês de agosto, informa a Federação da Agricultura e Pecuária de Goiás (Faeg).
Em primeiro lugar na lista de líderes de custo ficou o suplemento mineral, que aumentou 10,96% de julho para agosto de 2021. Na sequência, vem o volumoso, com alta de 2,52%, e o concentrado, com reajuste de 0,99%. Na metodologia de cálculo do índice, esses três grupos de insumos têm peso de 80,52% no cálculo do ILC. A adubação de pastagem também teve um aumento de 3,24%.
A energia elétrica não teve variação no período. Já o óleo diesel teve uma pequena queda de 0,15%.
"Esse levantamento feito pelo Ifag contribuirá para um trabalho mais assertivo na programação e planejamento dos custos e investimentos no setor. O material vem ainda para auxiliar os pecuaristas no processo de negociação de preços com as indústrias de laticínios", explica Edson Novaes, diretor executivo do Ifag.
Cálculo mensal
O ILC será calculado mensalmente pelo Ifag e divulgado até o quinto dia útil após o final do mês de referência do índice. O resultado será obtido a partir da variação dos preços dos principais insumos que compõem o custo de produção dos produtores de leite de Goiás.
O relatório tem como base metodológica o trabalho já realizado pela Embrapa Gado de Leite, que realiza esse trabalho desde 2006 em Minas Gerais, e também um estudo realizado em mais de 2.045 propriedades de 145 municípios que foram atendidas pela Assistência Técnica e Gerencial do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar/AR-GO) no ano de 2020.
Foram definidos os principais grupos de insumos e os seus respectivos pesos, utilizados para a ponderação do cálculo do ILC. Eles retrataram o percentual que cada insumo teve na estrutura do custo operacional efetivo (COE) das propriedades analisadas no respectivo período.